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Traços da personalidade podem mudar, mas essência continua a mesma, diz estudo

Por| 07 de Dezembro de 2020 às 13h00

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 Bret Kavanaugh/Unsplash
Bret Kavanaugh/Unsplash

Questões psicológicas e voltadas à construção da personalidade humana ainda são alvo de muitos estudos ao redor do mundo. Frente a isso, pesquisadores da Universidade Complutense de Madri (UCM) fizeram uma análise acerca das mudanças que os indivíduos vivenciam em sua personalidade com o passar do tempo, e apontaram que a essência permanece estável.

Miguel Rubianes, investigador do Departamento de Metodologia da Psicobiologia e Ciências do Comportamento da UCM e da Centro de Evolução e Comportamento Humano (UCM-ISCIII), afirma que o estudo tenta responder se um indivíduo é o mesmo ao longo de sua vida. "Os nossos resultados indicam que existe um componente que se mantém estável enquanto outra parte é mais suscetível a se modificar ao longo do tempo", reflete. Muito confuso? Calma. A gente explica. 

O estudo é voltado à capacidade de autoconsciência e autoconhecimento, e aponta que essa capacidade permanece estável. Enquanto isso, outros componentes como aspectos físicos e até atitudes, crenças e valores são mais sujeitos a mudanças. Mas traços de personalidade também tendem a mudar um pouco com o passar dos anos.

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O estudo também determinou quanto tempo leva para o cérebro reconhecer nossa própria identidade pessoal em comparação com as outras: cerca de 250 milissegundos (milésimos de segundo).

Como foi feito o estudo

Para realizar este estudo, os especialistas registraram a atividade cerebral de vinte participantes por eletroencefalografia após estímulos e tarefas de identificação e reconhecimento. A questão da natureza humana não é exatamente uma novidade, e tem sido questionada desde o início da filosofia, além de ter sido objeto de pesquisa em várias disciplinas, como a antropologia e a psicologia, por exemplo.

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O pesquisador da UCM reitera que alterações na autopercepção podem estar subjacentes a vários transtornos, como bipolaridade e personalidade narcisista, e até mesmo outras doenças mentais, como esquizofrenia e depressão.

"A aplicação destes resultados demonstra a importância da investigação básica e clínica no estudo do papel da identidade pessoal, visto que esta promete ser um conceito muito mais importante do que se pensava anteriormente e pode desempenhar um papel fundamental na processos de avaliação e intervenção psicológica”, concluiu Rubianes.

Fonte: Science Blog