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Quando pessoas entram em consenso, seus cérebros ficam sincronizados

Por| Editado por Luciana Zaramela | 22 de Setembro de 2022 às 11h10

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Pressmaster/Envato
Pressmaster/Envato

Em novo estuo publicado na plataforma PsyArXiv, um grupo de pesquisadores concluiu que, quando as pessoas entram em consenso, seus cérebros ficam sincronizados. No entanto, a partir do momento em que alguém discorda das ideias, isso já não acontece mais.

“A conversa é nossa maior ferramenta para alinhar mentes”, apontam os autores do estudo. Para os experimentos, os participantes foram conduzidos a assistir a filmes, uma vez que a ideia era criar uma situação realista na qual os participantes pudessem mostrar mudanças rápidas e significativas em suas opiniões.

Nenhum dos voluntários do estudo tinha visto nenhum dos filmes antes. Enquanto estavam deitados em um scanner cerebral, eles assistiram a cenas de vários filmes sem som. Depois de assistir aos clipes, os voluntários responderam a perguntas da pesquisa sobre o que achavam que havia acontecido em cada cena. Em seguida, em grupos de três a seis, as pessoas se juntaram e discutiram suas interpretações, com o objetivo de chegar a uma explicação consensual.

Após os bate-papos, os alunos voltaram aos scanners cerebrais e assistiram aos clipes novamente, bem como novas cenas com alguns dos mesmos personagens. O estudo descobriu que a atividade cerebral dos membros do grupo (em regiões relacionadas à visão, som, atenção, linguagem e memória, entre outras) ficou mais alinhada após a conversa. Curiosamente, seus cérebros estavam sincronizados enquanto assistiam às cenas que haviam discutido, bem como às novas.

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Entretanto, grupos de voluntários apresentaram diferentes interpretações do mesmo clipe de filme, e nesse caso, apesar de ter assistido aos mesmos vídeos, os padrões cerebrais de um grupo para outro eram significativamente diferentes, mas dentro de cada grupo, a atividade era muito mais sincronizada.

Os resultados coincidem com pesquisas anteriores que mostram que pessoas que compartilham crenças tendem a compartilhar respostas cerebrais. Os autores reconhecem que estudos futuros podem se concentrar na atividade cerebral durante as conversas de construção de consenso.

Fonte: PsyArXiv via The New York Times