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Jovens que ficam online mais de 9 horas por dia podem sentir mais ansiedade

Por| 22 de Novembro de 2019 às 22h30

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Nesta sexta-feira (22), a Positivo Tecnologia, o Portal Educacional, a Katru Assessoria em Informação e o psiquiatra Jairo Bouer divulgaram um estudo chamado Tecnologia e o Jovem, que aponta que mais da metade dos jovens brasileiros exagera às vezes ou sempre no uso de tecnologias, e isso impacta a saúde mental. De acordo com a análise, os adolescentes que ficam conectados mais de nove horas por dia têm risco 2,4 vezes maior de sentir coias como tristeza, ansiedade, angústia e estresse.

"Não dá para dizer que a culpa é só da tecnologia. O impacto pode ser pessoal, familiar. Mas tem relação, sim. Apareceu de uma forma muito clara. Acho que mostra uma espécie de fragilidade", afirma Bouer. Segundo ele, o aumento da exposição da vida pessoal, comentários agressivos e uma sensação de desprestígio podem resultar nesse impacto. "A sensação de que podem curtir ou não chama atenção para a autoestima. Eles já têm questões muito grandes nesse aspecto e as redes sociais pioram", declara. De acordo com Ivete Gattás, coordenadora da Upia (Unidade de Psiquiatria da Infância e Adolescência) da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), quanto mais os jovens ficam na redes, menos vivem a vida real. "Eles acabam vivendo num mundo paralelo em que todo mundo parece feliz, adequado. Conectado, não existe a falta. Ele aperta um botão e pode ter tudo. Se não gostou, desliga. É um modo de funcionar diferente do mundo real", afirma.

A profissional ressalta que o ciclo envolvendo postar, interagir e ficar alerta para novas interações afeta não só o psicológico, como também a saúde física, levando em consideração que o indivíduo come mal porque não quer se desconectar, para de fazer exercícios, e tem privação de sono. "No dia seguinte, não vai à escola ou dorme na aula, tem prejuízo cognitivo, acadêmico. Isso gera consequência na vida e no futuro dele". Bouer também acredita que a conexão exagerada aumenta número de faltas, piora a nota e eleva risco de o aluno reprovar. "Apesar de ser uma geração que aprende de forma mais veloz, talvez o uso mais pesado das redes atrapalhe", diz.

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Os números da pesquisa apontam para uma geração que parece sofrer mais. De acordo com Bouer, as redes sociais trazem uma comparação constante com o outro. "É um universo editado e acham que é verdade", lamenta.

Fonte: Tecnologia e o Jovem via UOL