Publicidade

Estuda de manhã e cochila de tarde? Cuidado: isso pode afetar seu aprendizado

Por| Editado por Luciana Zaramela | 11 de Agosto de 2021 às 15h30

Link copiado!

Victoria Heath/Unsplash
Victoria Heath/Unsplash

De acordo com uma pesquisa da Universidade Federal do Paraná (UFPR). aulas matutinas podem desencadear um processo vicioso entre restrição de sono e hábitos inadequados de cochilo entre os estudantes, tornando o sono noturno mais superficial e menos restaurador.

A pesquisa avaliou os padrões de sono de 1.554 jovens de 14 a 19 anos matriculados no ensino médio em 2019 e verificou que o cochilo diurno é uma prática comum para a maioria deles (58%). Desses, 36% costumam cochilar de uma a duas vezes por semana e 45% relataram períodos prolongados de soneca.

Conforme o estudo aponta, o hábito de dormir menos que o recomendado durante a noite, problema chamado de restrição crônica de sono, desencadeia em adolescentes costumes inadequados de cochilos, comportamento comum em jovens nessa faixa etária. Em longo prazo, isso leva a um círculo vicioso que pode gerar prejuízos relacionados ao aprendizado, à memória e ao desempenho acadêmico.

Continua após a publicidade

A conclusão do estudo é que aqueles que apresentam esse hábito tendem a dormir mais tarde no período noturno, por volta das 23h30. Eles também permanecem dormindo por menos tempo, uma média de sete horas, em comparação aos que não costumam cochilar. O aumento de sonolência diurna e a má qualidade do sono são outras características reportadas por esses estudantes.

A maioria (58%) dos adolescentes que participaram do estudo relatou cochilar durante a semana. Entre esses, mais de um terço (36%) pratica esse hábito de uma a duas vezes na semana, enquanto 27% costumam tirar sonecas de três a quatro vezes no período. Os cochilos prolongados prevaleceram, com 45% dos jovens relatando mais de 60 minutos de duração.

A quantidade de jovens que não dorme as oito horas recomendadas é maior no grupo que costuma cochilar durante o dia, 76%, contra 67% dos que não apresentam esse hábito. A sonolência em sala de aula também foi relatada por um número maior de adolescentes que cochilam, 22%, enquanto apenas 10% dos demais têm esse sintoma.

Continua após a publicidade

O estudo destaca a importância de discutir o horário de início escolar mais tardio com educadores, pais e formuladores de políticas públicas, bem como de implementar hábitos saudáveis de sono durante a adolescência.

Fonte: UFPR