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É ciência: traição pode ter relação com declínio no relacionamento

Por  • Editado por Luciana Zaramela |  • 

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Andrik Langfield/Unsplash
Andrik Langfield/Unsplash

O que leva uma pessoa a trair? Foi justamente essa questão que moveu um estudo conduzido por pesquisadores da Tilburg University e publicado na revista Psychological Science. O estudo identificou padrões de declínio gradual do relacionamento antes de alguém ter um caso extraconjugal.

A ideia do estudo era entender se os problemas de relacionamento realmente precedem as traições ou se eles acontecem principalmente depois (ou mesmo ambos). Para isso, os autores acompanharam mil participantes por uma média de 8 anos para mostrar como os eventos impactam seus relacionamentos.

Cada pessoa envolvida no estudo estava em um relacionamento sério e havia passado por alguma situação de infidelidade. Os pesquisadores analisaram os índices relacionados ao bem-estar de cada pessoa através de relatos (o que envolvia o bem-estar geral ou a satisfação no relacionamento, por exemplo).

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Efeitos de uma traição

Os autores constataram que pessoas que traíram o parceiro relataram menor autoestima, menor satisfação no relacionamento e menor intimidade. Já as vítimas do evento apenas relataram menor autoestima e mais conflitos, mas as outras medidas de bem-estar não diminuíram.

O ponto surpreendente do estudo foi que mudanças dramáticas no relacionamento aconteceram justamente antes desses eventos. Quase todos os indicadores de bem-estar no relacionamento diminuíram gradualmente antes do caso, com mais conflitos e menos satisfação relatados por ambas as partes antes. Após a traição, a grande maioria dos relacionamentos não se recuperou.

Relação ruim impacta a saúde

Anteriormente, outro estudo apontou que amizades e relacionamentos ruins fazem mal para a saúde. Para chegar a esta conclusão, cientistas da Universidade de Queensland acompanharam 7,6 mil mulheres. As participantes respondiam questionários sobre o nível de satisfação com seus relacionamentos e essas informações foram cruzadas com dados médicos sobre 11 doenças.

Fonte: Psychological Science