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Amigos apreciam contatos inesperados muito mais do que se imaginava

Por| Editado por Luciana Zaramela | 26 de Agosto de 2022 às 19h05

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Rido81/Envato
Rido81/Envato

Cientistas descobriram que as pessoas gostam muito mais de serem contatadas por amigos do que se pensava: isso vale para ligações telefônicas, mensagens de texto ou e-mails de pessoas de seu círculo social. Quanto mais surpreendente a comunicação, maior é apreciação. As informações vêm de um artigo publicado na revista científica Journal of Personality and Social Psychology.

Não é segredo que os seres humanos são criaturas sociais. Nossa espécie aprecia conexões com outros indivíduos, e elas inclusive fazem bem para a saúde mental e física. Apesar de sua grande importância, o novo estudo vem sugerir que nós subestimamos bastante o quanto nossos pares apreciam ser contatados.

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Estudando contatos inesperados

A pesquisa envolveu mais de 5.900 participantes e buscou avaliar o quanto somos bons em prever o quanto esforços de comunicação são valorizados em círculos sociais. Metade dos estudados tiveram de lembrar a última vez em que fizeram contato com alguém "só por fazer" ou "para botar o papo em dia" por e-mail, mensagem de texto ou ligação telefônica.

Os outros participantes tiveram de lembrar do inverso: uma situação onde alguém os contatou. Todos, então, indicaram em uma escala de 1 a 7 o quanto o contato teria sido apreciado, o quanto gerou gratidão, agradecimento ou prazer — quem contatou avaliava o quanto achava que o outro havia apreciado a comunicação, enquanto os contatados avaliaram a comunicação recebida.

De acordo com os resultados, quem lembrou de ter contatado amigos deu notas bem menores ao contato do que quem os recebeu. Em experimentos seguintes, os participantes tiveram de enviar um bilhete sozinho ou junto a um presente a alguém que não contatavam há algum tempo. Com a mesma escala de 1 a 7, tanto quem enviou quanto quem recebeu avaliou o contato. Os resultados foram os mesmos: quem inicia a comunicação subestima bastante o significado do ato.

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Uma variável interessante foi o elemento surpresa: quem recebeu as comunicações era surpreendido e colocou muito foco nesse elemento, o associando à grande apreciação do contato. Essa estima ao contato também era subestimada pelos iniciadores da conversa, e seu efeito era maior nesse caso do que quando a comunicação era regular, estando em um padrão de contato, ou quando os laços sociais entre os participantes eram mais fracos.

Todo mundo tem um círculo social "perdido", como colegas do Ensino Médio, amigos distantes ou ex-companheiros de trabalho. Após muito tempo desconectados, a comunicação parece amedrontadora porque as pessoas têm medo de como o gesto será recebido, segundo os cientistas. De acordo com os achados, no entanto, a hesitação parece ser infundada, já que a surpresa costuma ser muito mais bem recebida do que se acreditava. Que tal fazer um teste e mandar uma mensagem para alguém sumido agora mesmo?

Fonte: Journal of Personality and Social Psychology