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Pessoas inteligentes fazem das smart cities uma realidade

Por| 19 de Janeiro de 2022 às 10h00

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twenty20photos/Envato
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Uma smart city é um estilo de vida que envolve basicamente o cidadão. Não existe cidade inteligente sem pessoas inteligentes e engajadas, dispostas a implementar mudanças para melhorar a qualidade de vida de sua comunidade e dos serviços públicos.

Dentro desse sentimento de protagonismo, de pertencimento à cidade e de buscar demandas e soluções, é necessário ensinar as futuras gerações e capacitar os profissionais interessados, com acesso à informação e dados – sabendo os caminhos para aplicá-los em benefício da sociedade. Afinal, a retomada econômica passa pela educação, e não podemos nos furtar de contribuir com essa caminhada.

Felizmente, o Brasil já conta com iniciativas que contemplam essas duas frentes de educação e inovação em smart cities. Há cinco anos, turmas de alunos do ensino fundamental, da rede pública, tomam contato com os conceitos de cidades inteligentes, que usam da criatividade, inovação, tecnologia e recursos disponíveis para melhorar a qualidade de vida das comunidades. A ideia parte do princípio de ensinar os jovens para reeducar os adultos, nos moldes da campanha histórica desenvolvida em Curitiba na década de 1990, do “Lixo que não é Lixo”, case em todo o país na separação e reciclagem de resíduos.

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Muitas vezes é difícil falar para um adulto o que é uma cidade inteligente, mas para uma criança é mais simples. E ela leva essa inovação para dentro de casa. Com mais de três mil crianças atendidas de forma presencial, essa iniciativa chamada iCities Kids se transformou em um projeto educativo permanente, em parceria com a Agência Nacional em Mobilidade (Anamob), promovendo a cultura de smart cities para as novas gerações e democratizando o acesso às oficinas, para que os alunos da periferia tenham as mesmas condições dos alunos das escolas particulares.

A nova fase do projeto, lançada este ano em modelo híbrido, simula em meio digital o ambiente de uma mini cidade inteligente, onde as crianças participam de oficinas e aprendem de maneira lúdica sobre energias renováveis, mobilidade inteligente, robótica, consumo consciente e reciclagem, entre outras frentes.

O projeto oferece diferentes formatos, atendendo crianças em ambientes e instituições por todo o Brasil, para prefeituras, escolas particulares, clubes sociais, empresas, Sistema S e shoppings. Em março de 2022, o modo presencial do iCities Kids será lançado no Parque das Pedreiras, em Curitiba, rebatizado neste mês como Parque Jaime Lerner. Pelos próximos três anos, teremos uma área de 250 m² em parceria com a Anamob, um local aberto ao público com atividades todos os dias da semana. Sensibilizar as crianças é o primeiro passo para ter cidadãos conscientes e transformadores das cidades.

Capacitação profissional

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Outras iniciativas vêm capacitando profissionais, acadêmicos e servidores públicos de todo o país como propagadores de soluções de cidades inteligentes. É preciso formar especialistas nessa área ainda nova no Brasil, mas de enorme potencial. Somente assim o país poderá avançar na adoção de tecnologias e de práticas que proporcionem qualidade de vida para todos os cidadãos, em cada rua de cada pequeno município, em cada projeto imobiliário de nossas metrópoles.

Precisamos de profissionais sensíveis ao desenvolvimento de soluções inteligentes para todas as áreas da nossa vida, com visão holística e sistêmica sobre as cidades inteligentes, que tenham acesso a parcerias e modelos de contratação para projetos em smart cities e oportunidades de inserção de maneira ativa no ecossistema de compras públicas. Lançado em 2020, o Smart City Expert está formando sua segunda turma de especialistas, com aplicações práticas em suas áreas de atuação pelo país.

Além disso, há a expansão do networking especializado, com conexões dentro e fora do país, com possibilidade de aceleração empresarial ou de startup em laboratórios ou sandboxes, identificação dos gaps em relação ao processo de vendas e remodelação de produtos e serviços para aplicar adequadamente a legislação que rege as licitações públicas para projetos e soluções em cidades inteligentes.

O caminho é longo, mas já está sendo trilhado e ampliado por pessoas e organizações cada vez mais interessadas em assumir a função de protagonismo necessária para que nossas cidades sejam mais inteligentes e eficientes.