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Não! O setor de TI e as BigTechs não estão em crise!

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Reprodução/Freepik
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Nos últimos meses, várias empresas gigantes de tecnologia, como Google, Microsoft e Meta anunciaram demissões em massa. Crise? Na verdade, as dispensas nas BigTechs são uma #BigOportunidade e abrem espaço para a modernização dos demais setores produtivos.

Entenda:

O que aconteceu com as BigTechs?

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Ao longo dos últimos anos as empresas de base tecnológica, entre elas as chamadas BigTechs, inflaram seus times de TI com a expectativa de surfarem a onda da virada tecnológica que foi intensificada devido à pandemia de covid-19.

Em conversa com Bruno França Pádua, partner na Neo Ventures, ficou claro que “fatores como o aumento da demanda pelas soluções digitais e o aumento da liquidez no mercado favoreceram o aumento da intensidade das contratações no setor", visto que os números do mercado de tecnologia digital só aumentavam e a expectativa de recompensa era alta, ampliando o ânimo dos investidores em comprar riscos para alavancar ganhos futuros.

Mas os ânimos esfriaram nos últimos meses, como citou o próprio Pádua:

“O excesso de liquidez acabou gerando inflação e consequentemente o aumento de juros em vários países, o que prejudica o crescimento econômico e desfavorece o nível de investimento em novos negócios e novos projetos. Sendo assim, a decisão de apertar os cintos e focar em eficiência em vez de expansão acelerada foi tomada por várias empresas do setor” — Bruno França Pádua, partner na Neo Ventures

Assim, se nos últimos anos a ordem foi ampliar os times de TI nas BigTechs, agora a ordem é desinflar esses times. Mas esse movimento está longe de sinalizar uma crise BigTechs. Na verdade, está mais para uma reacomodação de expectativas e a busca por voltar ao ponto de equilíbrio.

Como fica a empregabilidade dos profissionais de TI?

A demanda por bons profissionais da área de TI continua aquecida, e eles não terão dificuldade em se recolocar. No entanto, deve acontecer uma readequação dos salários, pois estavam extremamente inflados devido à alta demanda.

Já a parcela de profissionais menos qualificados ou com altas expectativas de salário pode passar por dificuldades para se recolocar. E a quantidade de pessoas nessa situação não é pequena, pois nestes movimentos de desligamento em massa as empresas tendem a dispensar as pessoas que mais pesavam na folha, com baixa eficiência e produtividade, ou de projetos encerrados.

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Onde está a demanda por profissionais de TI?

Com a grande quantidade de contratações a salários altíssimos pelas BigTechs, os setores mais tradicionais da economia e as empresas com orçamento mais enxuto são as que mais sofrem com a escassez da mão de obra em TI, como detalho neste artigo.

De forma resumida, há uma grande demanda reprimida de serviços de TI em todos os outros setores produtivos da economia que estão sob pressão pela grande evolução tecnológica e social que vivenciamos nesta década, e que obriga as empresas a se atualizarem para não perderem produtividade, qualidade, rentabilidade e mercado, entre outras questões.

Este movimento de contratação de profissionais de TI para compor os times de “Transformação Digital” nos setores mais tradicionais vai manter a demanda por profissionais de TI aquecida por muito tempo ainda.

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Na minha opinião, apesar deste movimento de desligamento ser algo indesejado, ele abre espaço para que os demais setores produtivos possam evoluir em suas jornadas de Transformação Digital e um novo ciclo de evolução tecnológica aconteça.


Agradecimentos: Este texto teve a contribuição do Bruno França Pádua e do Ney Grando, além de outros integrantes do grupo Open Innovation BR. Muito obrigado a todos!