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De volta para o futuro

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rawf8/Envato Elements
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A mente humana possui um infinito potencial criativo. O curioso é que, ao longo dos anos, vejo as marcas cada vez mais em busca de referências clássicas e tradicionais para fazer uma mistura com o que é novo e atual. A meu ver, esse resgate do retrô é uma tendência que veio para ficar e, o mais importante, traz uma união de estilos e gêneros. Afinal, hoje, o que de fato é novo e o que é velho?

A moda é o principal exemplo disso entre as indústrias. Tendências vêm e vão, e o que estava fora de moda pode ser retomado como aspiracional no próximo ano. Vimos isso acontecer com clássicos dos anos 1990, como o pin-up. E, como é um assunto que me interessa bastante, selecionei alguns dos exemplos mais bacanas que me inspiram ou já me inspiraram na realização de projetos.

Lembram-se do termo bastante falado, o grunge? Pois bem, a Vogue lista o grunge como uma das principais tendências para 2023, relatando como as marcas Balenciaga vêm desgastando seus jeans para se adequar a esse estilo. Oras, o grunge não é uma invenção de agora! Trata-se de um movimento cultural dos anos 90, que agora ressurge com força.

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Vemos isso também nas cores que ditam a moda. O Instituto Pantone escolheu a cor Viva Magenta como a cor do ano de 2023 — muito linda, por sinal — e destaca que a tonalidade é inspirada em uma cor natural e expressa uma nova onda de força. O próprio magenta foi bastante popular no final do século 19, apareceu em trabalhos dos pintores Paul Gauguin e Henri Matisse e ressurgiu nos anos 1960, em exibições de arte psicodélica em São Francisco, Califórnia.

O mesmo acontece com a indústria cultural. Uma das séries de maior sucesso em 2022 é Wandinha, que é baseada em uma personagem do universo da Família Addams, cujo primeiro filme estreou em 1991 e a série, em 1964. Outro exemplo é a série Cobra Kai, que é uma continuação dos filmes de Karate Kid, lançados nos anos 1980.

A tecnologia e o retrô

O próprio avanço tecnológico é produto de ciclos de reinvenção. Se olharmos, por exemplo, para o primeiro aparelho celular, não poderíamos imaginar as inúmeras transformações que aconteceriam até chegarmos no smartphone atual. Por mais que novas funções tenham sido adicionadas e o formato tenha sido otimizado, os novos modelos carregam toda a história de seus antecessores, e hoje, temos até os modelos “retrô” com design que remonta para o passado, mas com funções de última geração. Elementos que brincam com a nostalgia dos usuários, ao mesmo tempo em que atendem aos fãs de tecnologia mais exigentes.

Mas o que significa esse movimento de ressurgência? Acredito que cada vez mais a indústria se movimenta para produzir inovação com significado. A partir de elementos que marcaram época e gerações, o objetivo é entregar ao cliente um produto novo, que faça referência e reverência a sua própria história, e assim criar diálogo e identificação.

Para finalizar aqui este pensamento, o importante é entendermos que tudo é realmente cíclico, mas a inovação por meio da tecnologia é o que cria novos rumos e possibilidades, a partir da ressignificação da história.

Que 2023 seja um ano de muita renovação! E de reinvenção, claro.