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Warner Bros é acusada de capacitismo na nova adaptação de Convenção das Bruxas

Por| 05 de Novembro de 2020 às 16h26

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Warner Bros.
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Após acusações de capacitismo (discriminação e o preconceito social contra pessoas com alguma deficiência), a Warner Bros pediu desculpas através de um comunicado oficial, em que reconhecia que seu novo filme, Convenção das Bruxas, retrata pessoas com deficiências físicas como bruxas, relação que não foi bem vista por muitos espectadores.

O filme é uma nova adaptação do clássico romance infantil de Roald Dahl, lançado em 1983, e mostra que as bruxas usam luvas para esconder as suas mãos, que não têm alguns dos dedos. Os espectadores incomodados reconheceram a característica como um traço de ectrodactilia e argumentaram que Convenção das Bruxas ajuda a perpetuar uma antiga e opressiva noção de que pessoas com deficiência física são, de alguma forma, malignas e/ou assustadoras.

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A resposta da Warner Bros, segundo o Collider, diz que o estúdio lamenta “qualquer ofensa causada” e que ficaram “profundamente tristes ao saber que nossa representação dos personagens fictícios em Convenção das Bruxas poderia perturbar as pessoas com deficiência”. O representante da companhia explicou ainda:

Ao adaptar a história original, trabalhamos com designers e artistas para criar uma nova interpretação da aparência de garras felinas que são descritas no livro. Nunca foi nossa intenção que dos espectadores achassem que as criaturas fantásticas e não humanas deveriam representá-los. Este filme é sobre o poder da bondade e da amizade. Esperamos que famílias e crianças possam desfrutar do filme e abraçar este tema empoderador e cheio de amor.

No original, o texto do livro descreve as bruxas com “pés quadrados sem dedos” e “garras ao invés de unhas” e não há indicação alguma de que as bruxas não tenham alguns dedos. Inclusive, nas ilustrações, elas aparecem com os cinco dedos e sem luvas. A repercussão foi tão grande que até mesmo a conta oficial dos Jogos Paraolímpicos no Twitter responsabilizou a Warner Bros: “A diferença de membros não é assustadora. As diferenças devem ser celebradas e a deficiência deve ser normalizada.”

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Fonte: Collider