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Uma Família Feliz | 5 diferenças entre o filme e o livro

Por| Editado por Durval Ramos | 10 de Abril de 2024 às 13h05

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Globofilmes
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Protagonizado por Grazi Massafera e Reynaldo Gianecchini, o suspense Uma Família Feliz, escrito por Raphael Montes, chegou aos cinemas no dia 4 de abril com um enredo arrebatador sobre uma família da zona sul carioca, aparentemente, impecável mas que esconde muitos segredos. 

O filme foi produzido em paralelo com um livro de mesmo nome, também escrito por Montes. E, embora as duas obras tragam essencialmente a mesma história, o desenvolvimento da narrativa é diferente entre elas. a publicação esmiuça mais alguns detalhes e traz mais informações que ajudam a compor melhor as camadas dos personagens, especialmente a da protagonista Eva. Além disso, o manuscrito também muda alguns trechos do filme, como a localização. No longa, a família vive em um condominio de casas luxuosas no Rio de Janeiro, já no filme, moram em Curitiba.

Vale lembrar que o autor foi na contramão das adaptações e escreveu primeiro o roteiro para as telonas para só depois passar a história para o papel. Isso porque ele percebeu que poderia detalhar ainda mais essa trama macabra. Ainda assim, em entrevista ao Canaltech, ele aconselhou o público a assistir primeiro ao filme, para aproveitar só depois detalhes do livro e notar as diferenças. Quer conhecer algumas delas? Então, confira as cinco principais!

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5. O esquecimento de Isabela

Diarista da família, Isabela é uma mulher negra e que não tem muita aptidão para cuidar de crianças. Mesmo assim, vendo o desgaste de Eva, ela coloca o bebê Lucas para dormir no berço. Depois disso, ele surge machucado e Eva questiona a diarista sobre o fato. As duas entram em uma embate verbal e Isabela chama Eva de racista.

Toda essa sequência de fora do longa e, embora não altere a sequência dos fatos, retira uma camada interessante da trama. No livro, esse confronto entre as duas mulheres ajuda a construir a dúvida em torno da sanidade da protagonista, conduzindo o leitor a entender que ela estava realment ficando louca.

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4. A relação de Eva com a mãe

Outro ponto que foi pouco explorado na adaptação cinematográfica é a relação de Eva com a mãe. No filme, ela apenas fala que odeia a casa onde cresceu, enquanto o livro mostra que sua mãe era uma mulher instável psicologicamente, viciada em álcool e que obrigava a filha a confessar todos seus sentimentos, como se fosse uma sessão de terapia forçada.

Assim como no caso anterior, todo esse contexto ajuda a entender como foi a criação da protagonista e por que viver um romance com Vicente também foi uma forma de sair daquela realidade tão tóxica para ela — ao mesmo em que também induz o leitor a acreditar que, com uma infância tão tóxica, a própria Eva passou a ter comportamentos dissociativos.

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3. A morte da mãe das meninas

A tal família feliz do título é composta inicialmente por Eva, Vicente e as duas filhas gêmeas que o homem traz do primeiro casamento. Só que quem assistir ao filme vai perceber que Alice, a mãe das meninas, não é muito citada no longa. Ela aparece apenas no desenho em que uma das meninas faz, mas sem um aprofundamento em sua história.

Já no livro, ela ganha mais relevância. Há inclusive um trecho em que o autor deixa o público com uma pulga atrás da orelha ao contar como ela morreu afogada. A dúvida é se ela realmente caiu no mar e se afogou ou se foi jogada por alguém.

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2. A amizade de Eva com as vizinhas

Sem ter muito tempo para colocar todos os detalhes do longa na tela, o filme reduz Eva a uma mulher de poucos amigos. De fato, ela é fechada e até mesmo um pouco desconfiada, mas o o livro trabalha melhor sua amizade com Solange.

Elas se conhecem de longa data e são confidentes uma da outra, e por meio do diálogo de ambas, o público consegue conhecer as outras camadas da protagonista. E é muito triste ver que isso acabou ficando de fora, pois ajuda a reduzir a personagem de Grazi Massafera apenas a essa mãe lidando com pressões muito maiores do que parece lidar.

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1. A denúncia à polícia

Uma das grandes diferenças entre o filme e o livro é que, quando as crianças aparecem espancadas, elas não são levadas à polícia e nem ao hospital. No livro, esse momento é bem mais explorado e há um desdobramento judicial e midiático em que Eva passa a ser julgada por todos à sua volta como essa mãe negligente e quase criminosa.

Aliás, esse é um dos defeitos do filme. Na tentativa de enxugar algumas tramas e situações, ele acaba tropeçando em situações que podem ser encaradas como pouco verossímeis, afetando a imersão na obra.