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Sobre o que é Cavaleiros do Zodíaco - Saint Seiya: O Começo?

Por| Editado por Jones Oliveira | 24 de Abril de 2023 às 15h00

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Sony Pictures
Sony Pictures

Toda criança que cresceu no início dos anos 1990, durante a grande invasão dos animes na TV brasileira, sonhou com um filme em live-action de Cavaleiros do Zodíaco. Os Defensores de Athena foram um fenômeno geracional por aqui e, até hoje, a gente ainda vê o quanto esse amor pelos heróis permanece. E é assim que, com quase 30 anos de atraso, o longa de carne e osso com Seiya de Pégaso chega aos cinemas no próximo dia 27 de abril.

Só que esse sonho de infância vem rodeado de muita desconfiança. Os Cavaleiros do Zodíaco - Saint Seiya: O Começo faz parte de uma série de tentativas de modernizar a franquia e apresentá-la a uma nova geração — e sem muito sucesso. Além disso, até mesmo o pessoal mais nostálgico segue com um pé atrás, já que Hollywood não tem um bom histórico de adaptações de anime.

Ao mesmo tempo, o pouco que foi mostrado do novo filme em trailers e imagens de divulgação mostram que parte da essência da série original está ali. Ainda que muita coisa tenha sido alterada para se encaixar na estética ocidental e em apenas 115 minutos de história, não dá para negar que o saudosismo sempre fala mais alto quando o assunto é CDZ.

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Qual a história de Os Cavaleiros do Zodíaco - Saint Seiya: O Começo?

Apesar de os trailers terem mostrado algumas mudanças significativas em relação aos Cavaleiros do Zodíaco que a gente conhece, não dá para negar que a parte central da história original está presente no novo longa. Assim, veremos o jovem Seiya (Mackenyu Arata) lutando para conquistar a armadura de Pégaso e, a partir disso, entrar em mundo de lutas para defender Athena e o mundo.

Nesse sentido, muita coisa parece mesmo com o anime. Embora Seiya não seja um órfão japonês enviado ainda criança para a Grécia, mas um jovem que viaja o mundo participando de lutas clandestinas para saber o paradeiro da irmã, o desfecho acaba sendo igual: ele descobre uma energia cósmica dentro de si e isso o leva a se transformar em um cavaleiro de Athena.

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É a partir disso que ele vai conhecer Saori (Madison Iseman) — no original, em inglês, ela é chamada de Siena, mas a versão que chega ao Brasil manteve o nome do desenho —, uma jovem que nada mais é do que a reencarnação da deusa Athena.

E, pelo que foi apresentado, o maior desafio que o herói vai ter que encarar é o surgimento de outro cavaleiro com armadura e poderes semelhantes aos seus. Estamos falando de ninguém de Ikki de Fênix, que surge tanto para testar as habilidades de Seiya como para ameaçar a vida da própria Saori.

Por que tanta desconfiança?

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Falando assim, Os Cavaleiros do Zodíaco - Saint Seiya: O Começo parece até bem fiel ao anime original. Essa história nada mais é do que a trama básica dos primeiros episódios, quando Saori organiza a Guerra Galáctica para reunir os Cavaleiros de Bronze em disputa pela Armadura de Ouro de Sagitário.

Só que o novo filme parece simplificar muito essa premissa a ponto de eliminar parte daquilo que sempre tornou o anime carismático: seus personagens. Embora o desenho se chame Saint Seiya, o Cavaleiro de Pégaso é um entre os cinco protagonistas da aventura — e todos eles ficaram de fora da adaptação.

Assim, quem for ao cinema não vai encontra Shiryu, Hyoga ou mesmo Shun, o irmão do vilão Ikki. E, por mais que o título deixe claro que esse é o começo da saga e que esses outros heróis podem aparecer em eventuais sequ~encias, não deixa de ser frustrante ausências tão significativas.

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Ao mesmo tempo, é compreensível a decisão de deixá-los de fora. Por ser um capítulo introdutório, faz sentido focar a narrativa apenas em Seiya e desenvolvê-la direito do que trazer, de início, quatro protagonistas e não conseguir explorar ninguém direito. A última tentativa de levar Cavaleiros do Zodíaco para o cinema foi com a animação A Lenda do Santuário, de 2014, e uma das principais críticas feitas a ela foi justamente o modo como tudo é apresentado de forma apressada na tela.

Só que não é só isso que fez o fã de CDZ ficar desconfiado. Na verdade, as adaptações de anime têm um histórico bastante duvidoso em Hollywood e todas as imagens e trailers divulgados pela Sony Pictures não ajudaram muito a mudar essa percepção. Até porque o filme não esconde seu baixo orçamento, seja pelo elenco quase desconhecido ou mesmo pela economia de efeitos.

Contudo, o maior temor está mesmo na história. Ainda não sabemos o quanto ela foi alterada e se essas mudanças para simplificar o arco inicial de Seiya vão funcionar. Até porque vimos cenas com exércitos, operações paramilitares e outras maluquices que não existem no original e remetem mais à animação feita pela Netflix há alguns anos — e que também não caiu no gosto do público.

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Saint Seiya: O Começo pode dar certo?

Apesar de toda a incerteza e desconfiança em torno do filme, parece certo que todo fã vai ao cinema conferir Saint Seiya: O Começo. Afinal, é um sonho de infância que se torna realidade. E há realmente boas chances de a adaptação funcionar.

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É claro que isso vai depender de um pouco de boa vontade do público — não dá para ir ao cinema esperando ver uma transposição literal do anime para as telonas —, mas é inegável o potencial que existe no longa.

O simples fato de eles decidirem arriscar e deixar parte dos protagonistas originais de fora para focar em um único herói é um sinal de que há um cuidado para fazer com que esse roteiro funcione para todos os públicos e não apenas para o fã que já conhece esse universo de cabeça para baixo. Assim, mesmo com todas as mudanças, uma história bem contada vale mais do que um monte de cosplayer correndo na tela sem nada a dizer.