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O Exorcista: O Devoto | 3 coisas que deram errado no novo filme

Por| Editado por Durval Ramos | 12 de Outubro de 2023 às 11h45

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 Universal Pictures
Universal Pictures

Aguardado com ansiedade por muitos fãs, o filme O Exorcista: O Devoto, do diretor David Gordon Green, foi lançado em outubro de 2023 como uma tentativa de reiniciar a famosa franquia iniciada em 1973. A ideia era fazer um filme que fosse, ao mesmo tempo, uma continuação e um reinício da saga, mas a experiência não deu muito certo.

Desta vez, a trama acompanha Victor (Leslie Odom Jr.), um homem que cria, sozinho, sua filha adolescente Angela (Lidya Jewett). Um dia ela e a colega Katherine (Olivia Marcum) decidem se embrenhar em uma floresta para brincarem de conversar com espíritos. É claro que a experiência não dá certo e elas são encontradas três dias depois com sinais de possessão. A partir daí, tanto Victor quanto os pais de Katherine iniciam uma luta para salvar as meninas.

Com essa premissa, o longa estreou nos Estados Unidos no dia 6 de outubro, mas foi mal recebido pela crítica. De acordo com os especialistas, a trama falha ao tentar ressuscitar a saga e em nada se assemelha ao original e assustador filme de William Friedkin. Aqui no Brasil, a história não foi diferente e O Devoto recebeu uma enxurrada de avaliações negativas. Mas o que explica esse fracasso? O Canaltech listou três fatos que mostram por que a obra de Green foi um fiasco. Confira!

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3. Enredo pouco inovador

Para começar, é preciso entender que O Exorcista de 1973 é um filme chocante e inovador, que chamou a atenção justamente por ter um enredo potente e que assustou o público da época. Agora, 50 anos depois, aquela fórmula foi repetida à exaustão e os espectadores já estão cansados de ver as mesmas cenas sendo repetidas várias e várias vezes em diferentes filmes.

Desse modo, era esperado que O Devototrouxesse algo novo que impactasse, assim como o longa original fez há meio século. Infelizmente, isso não acontece. As cenas de possessão não são muitas e ainda são bem comuns. Soma-se a isso o fato da história ser morna e utilizar de elementos clichês como um padre com terço na mão, duas meninas brincando de falar com espíritos, etc. Ele não só não inova como nem mesmo se esforça para ao menos tentar fazer diferente.

Indo além, as próprias sequências de exorcismo chamam atenção. Há bons momentos, claro, mas no geral o que vemos na tela é algo quase risível com efeitos de CGI mal feitos.

2. O retorno de Linda Blair e Ellen Burstyn

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Um dos chamarizes de O Devoto é o retorno de Linda Blair como Regan, a menina que foi possuída no filme original, e Ellen Burstyn como Chris, sua mãe. Apesar de ser uma grata surpresa, a participação das duas é quase irrelevante. Isso porque a primeira só surge nos minutos finais enquanto Ellen tem uma participação maior, mas fica quase o tempo todo deitada em cima de uma cama.

Chega a ser um desperdício ver o talento de Burstyn sendo usado dessa maneira, mas quem sabe no próximo longa ela tenha mais notoriedade. Resta saber se a ideia de manter a trilogia vai ser mantida.

1. Erro em não desenvolver o sincretismo religioso

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Por último, mas não menos importante, O Exorcista: O Devoto acerta em mostrar o sincretismo religioso, trazendo um padre, uma beata, uma representante de uma religião de matriz africana e até um ateu para tentar tirar o demônio do corpo das meninas.

Essa é uma abordagem bem interessante e um dos poucos acertos do título. O problema acontece quando o filme não se aprofunda nesse aspecto e os personagens parecem figuras avulsas na obra. Com mais carinho para o roteiro, esse erro poderia ter sido evitado e essa pluralidade de fés poderia se tornar a grande arma da produção para se diferenciar de outras histórias do gênero e realmente trazer algo novo. Não foi o que aconteceu, infelizmente.