Mulan terá estreia no streaming Disney+ na mesma data do lançamento para cinemas
Por Claudio Yuge |

O calendário de filmes foi um dos mais impactados pela pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2), já que, como sabemos, devido ao distanciamento social a maior parte das salas de exibição deve permanecer fechada por um bom tempo em todo o mundo. Muitas companhias vêm usando o streaming como plataforma direta de lançamentos e, embora não seja muito favorável a essa ideia, a Disney cedeu e agora confirmou a estreia do live-action de Mulan na mesma data da exibição global nos cinemas, no dia 4 de setembro.
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A decisão veio após executivos da Disney analisarem o novo plano de lançamento de Mulan, durante uma teleconferência com analistas nesta terça-feira (4). Será cobrada uma taxa de US$ 30 (cerca de R$ 159 na conversão direta), tanto para quem não assina o Disney+ quanto para quem já paga US$ 6,99 (R$ 37) mensais.
"Pensamos que seria importante encontrar maneiras alternativas de levar Mulan em tempo hábil", confirmou o CEO da Disney, Bob Chapek. Nos países onde o Disney+ não está disponível, como no Brasil, a expectativa é de que as salas de exibição possam receber Mulan na data estabelecida — o que não dá para assegurar com certeza.
A nova data de lançamento segue o anúncio de Tenet, de Christopher Nolan, que deve ter um lançamento escalonado. O aguardado longa da Warner Bros tem estreia agendada em aproximadamente 70 territórios internacionais no dia 26 de agosto, antes de um lançamento limitado nos Estados Unidos em 3 de setembro — cada cidade vai estipular a possibilidade disso acontecer.
A saga de Mulan até aqui
Assim como Novos Mutantes, Mulan vem enfrentando muitos adiamentos. Originalmente, o filme deveria ser lançado em 27 de março. Depois, foi adiado para 24 de julho e reagendado para 21 de agosto. Já No mês passado, a Disney retirou o filme de seu calendário por tempo indeterminado. E somente agora é que foi confirmado para 4 de setembro.
Já Novos Mutantes e Viúva Negra, dois títulos da Disney/Marvel Studios que também sofreram com a agenda esburacada em tempos de COVID-19, estão mantidos para 28 de agosto e 6 de novembro, respectivamente.
Embora seja uma manobra compreensível, isso significa bastante para a indústria. Isso porque companhias e estúdios menores ainda aguardam os passos de gigantes como Disney e Warner Bros para programar seus lançamentos e distribuição. E com a Casa do Mickey lançando nos cinemas simultaneamente com a versão do streaming, é bem possível que outras estreias devam seguir pelo mesmo caminho até o final do ano.