6 melhores filmes dos Cavaleiros do Zodíaco
Por Durval Ramos • Editado por Jones Oliveira |
Os Cavaleiros do Zodíaco é um verdadeiro fenômeno global. Ainda que o anime tenha feito muito mais sucesso no Brasil do que em outras partes do globo, não dá para negar o fato que o simples fato de a história dos Defensores de Athena seguir viva depois de décadas já mostra a força e a relevância da franquia. Por isso mesmo, faz todo o sentido ver quantas vezes os heróis deixaram os mangás e a TV para avançarem também sobre o cinema.
Ao longo desses mais de 30 anos, Seiya, Shiryu e companhia já protagonizaram filmes e especiais algumas vezes. São produções bem distintas, que ora elevavam a potência do desenho a um novo patamar, ora tentava reformular ou mesmo reapresentar o anime a um novo público e a uma nova geração — mas que, em todos os casos, apostava e muito no carisma e na popularidade da série.
Ainda que nem todas essas iniciativas tenham dado certo, são produções interessantes que mostram tanto as diversas possibilidades de explorar o tema mitológico como de reinventar essa história que já nos é tão conhecida. Pensando nisso, o Canaltech listou os 6 melhores filmes dos Cavaleiros do Zodíaco
6. A Lenda do Santuário
Comecemos nossa lista com o filme mais recente da franquia. Lançado em 2014, Os Cavaleiros do Zodíaco: A Lenda do Santuário fazia parte de uma iniciativa que tentava renovar a franquia e trazer a saga dos heróis de armadura para um novo público — o que incluía as sequências Saint Seiya: Omega e Saint Seiya: Alma de Ouro.
E vamos combinar que o longa que chegou aos cinemas era realmente bem ousado nesse sentido. Não só porque trocou o desenho clássico por uma animação computadorizada mais realista, mas por atualizar diferentes conceitos, incluindo a dinâmica de funcionamento das armaduras.
A história do filme é um grande resumo da fase inicial do anime, mostrando o surgimento dos Cavaleiros de Bronze na defesa de Athena e a ameaça do Santuário. Basicamente, é a parte que todo mundo mais gosta do desenho original.
O grande problema é que ele condensa o equivalente a 73 episódios em uma hora e meia. Isso faz com que A Lenda do Santuário tenha uma história muito acelerada em que nada tem peso.
Ainda assim, é um filme bem interessante graças aos novos conceitos que ele apresenta, como o Santuário ser um lugar muito mais metafísico e divino que um lugar comum. Isso sem falar do retorno dos dubladores originais, o que é sempre um acerto e tanto.
5. Os Guerreiros do Armagedon
Os fãs mais velhos talvez conheçam o filme Os Guerreiros do Armagedon por outro nome. Quando foi lançado no Brasil pela primeira vez, ele chegou com o título A Batalha Final, que é mesmo uma opção bastante genérica.
Lançado originalmente em 1989 no Japão direto para home video, a história traz os Defensores de Athena enfrentando uma ameaça bastante conhecida da cultura ocidental: Lúcifer. Sim, o filme traz os heróis dando porrada no diabo e, como era de se esperar, isso gerou muita polêmica quando chegou por aqui.
A trama é bem simples e traz Lúcifer sendo libertado com seus Anjos Caídos — Belzebu de Serafim, Érigor de Virtude, Moa de Trono e Ashtaroth de Querubim — e colocando em prática seu plano de destruir o mundo. Assim, cabe a Athena e seus cavaleiros impedir o capiroto.
O ponto é que o filme começa contando a história de Lúcifer e traz, logo de início, uma cena com uma Bíblia em chamas. Foi o suficiente para ser um escândalo nacional, forçando a remoção do trecho por um bom tempo.
De resto, é uma aventura bem simples e que repete a estrutura clássica do anime: Saori tenta se sacrificar pelo bem da Terra e os heróis descem o murro nos vilões para impedir que isso aconteça. Ainda assim, é divertido os malabarismos criativos para encaixar a tradição cristã dentro da lógica de Cavaleiros do Zodíaco.
4. A Grande Batalha dos Deuses
Não teve criança nos anos 1990 que não ficou confusa ao assistir a A Grande Batalha dos Deuses. O filme trazia uma história sobre os Guerreiros de Asgard bem diferente daquela que existia no anime, com direito ao próprio herói Hyoga lutando ao lado dos vilões. Em uma época sem internet, era difícil entender que o média-metragem não se encaixava na cronologia do desenho.
Deixando essa bagunça inicial de lado, o filme é bem interessante por trazer uma estrutura um pouco diferente das demais produções para cinema e home video da saga. Além disso, é curioso notar como muitos conceitos e designs apresentados aqui foram reaproveitados na Fase de Asgard do anime.
A história é centrada na ida de Hyoga para a Sibéria, onde ele encontra um guerreiro moribundo que alerta sobre a inevitável Batalha dos Deuses. Após isso, o Cavaleiro de Cisne desaparece, o que faz com que seus amigos e a própria deusa Athena viagem até o reino gelado de Asgard em busca de informações.
E é aí que o principal ponto de A Grande Batalha dos Deuses aparece. Ao invés de ser apenas um novo suplício de Saori — que é aprisionada como sempre —, o roteiro constrói uma grande trama conspiratória envolvendo o vilão Durval, representante dos deuses nórdicos na Terra, para derrubar o Santuário.
Ainda que não seja um Game of Thrones de lutinha, vale a pena pelo simples esforço de mexer na fórmula e trazer algumas pequenas reviravoltas.
3. Prólogo do Céu
O início dos anos 2000 prometia ser o grande retorno de Os Cavaleiros do Zodíaco. Coincidindo com os 30 anos de carreira de seu criador, Masami Kurumada. A Saga de Hades havia finalmente sido adaptada para o anime e a Toei Animation se apressou em fazer um filme que servisse de gancho para a inevitável sequência do clássico desenho. Foi assim que Prólogo do Céu chegou aos cinemas.
Como o próprio nome deixa claro, o filme é um prólogo daquela que seria a saga definitiva dos Defensores de Athena — a luta contra o Olimpo na sonhada Saga do Céu. E o longa dá boas doses do que seria essa história, trazendo outros deuses e plantando a tensão que iria reverberar nessa história futura.
Assim, temos Apolo e Ártemis vindo à Terra e apresentando Seiya como uma grande ameaça para o Olimpo, da mesma forma que explicam que Athena não é mais considerada uma divindade, uma vez que teria se corrompido com o restante da humanidade.
É uma premissa bem interessante, mas que foi abandonada. A Saga do Céu nunca aconteceu e a ideia de apresentar esse arco em uma trilogia foi descartada, fazendo que a luta contra o Olimpo nunca tenha saído de seu prólogo. Ainda assim, é interessante ver essa pequena demonstração do poder dos deuses em Cavaleiros do Zodíaco.
2. Saint Seiya: O Santo Guerreiro
O Santo Guerreiro é o primeiro filme de Os Cavaleiros do Zodíaco produzido no Japão, ainda que para home video. Lançado originalmente em 1987, ele vem na carona do anime na TV japonesa e reproduz muito bem o espírito da Saga das Doze Casas — tanto que algumas das situações acabam sendo bem parecidas.
O ponto é que, assim como A Grande Batalha dos Deuses, O Santo Guerreiro também não pertence à cronologia original do anime. Assim, ele funciona como uma espécie de episódio especial isolado em que os heróis precisam salvar Athena de uma nova ameaça.
No caso, esse perigo é representado na figura de Eris, a deusa grega da discórdia, que sequestra Saori para roubar seus poderes e poder dominar o mundo de uma vez por todas. Assim, Seiya e companhia precisam derrotar os Cavaleiros Fantasmas antes que a energia vital de Athena seja sugada por uma mitológica maçã dourada.
E a vilã Éris é um dos pontos altos do média-metragem, servindo muito bem como esse contraponto a Saori. Além disso, a ideia dos Cavaleiros Fantasmas é outro detalhe curioso, principalmente por trazer versões alternativas de personagens que vão aparecer depois na cronologia, como Orfeu de Lira.
1. A Lenda dos Defensores de Atena
Enquanto Prólogo do Céu e A Lenda do Santuário foram filmes que tentaram surfar no saudosismo de Os Cavaleiros do Zodíaco, A Lenda dos Defensores de Atena chegou aos cinemas no auge da franquia — tanto no Japão quanto no Brasil.
Lançado originalmente em 1988 — e em 1995 por aqui —, este é o primeiro longa-metragem de verdade da série a chegar às telonas e que mostrou que a franquia tinha fôlego para lotar salas. Também é conhecido pelos nomes de Cavaleiros do Zodíaco: O Filme e A Batalha de Abel.
Contudo, o principal destaque do filme está no fato de termos a primeira grande ameaça divina para Athena e seus cavaleiros, além do retorno de personagens muito queridos do público. A chegada do deus Abel, apresentado como o irmão de Saori, foi um baque para os fãs da época.
É claro que a história descamba para os rumos de sempre, com Abel querendo destruir a humanidade corrupta e Athena parte para impedi-lo, o que faz com que Seiya e os demais Cavaleiros de Bronze tenham que enfrentar guerreiros divinos no processo.
O ponto alto aqui, porém, é a ressurreição de alguns Cavaleiros de Ouro que haviam sido derrotados na Saga das Doze Casas. Além disso, é a primeira vez que vemos Hyoga e Shiryu usarem as armaduras de Aquário e Libra — algo que, no anime, só iria acontecer na Saga de Poseidon.