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7 remakes de filmes estrangeiros que Hollywood estragou

Por| Editado por Jones Oliveira | 04 de Outubro de 2022 às 08h00

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Fox, TriStar, Millenium FIlms
Fox, TriStar, Millenium FIlms

Que o estadunidense não sabe ler legenda, todo mundo sabe. Além de eles sempre separarem filmes estrangeiros em uma categoria própria do Oscar, basta algum longa internacional fazer sucesso e romper a bolha dos grandes estúdios para que rapidamente surja uma versão de Hollywood para “americanizar” aquela história. O problema é que esses remakes quase sempre ficam muito abaixo do original.

E não faltam exemplos disso e em gêneros bem variados. Embora o terror seja um estilo que sofre bastante com essa adaptação ao mercado dos Estados Unidos, suspense, ficção-científica e até monstros gigantes já sofreram depois de aprenderem a falar inglês. E as razões para isso são as mais variadas.

Na grande maioria das vezes, são mudanças de roteiro feitas para adequar a trama à fórmula de Hollywood, o que torna tudo bastante genérico e descaracteriza a obra original. Às vezes, é simplesmente porque os estúdios não entendem o que faz daquele filme um sucesso internacional e tomam as decisões mais equivocadas possíveis — provando que, às vezes, muito dinheiro não é o caminho para fazer um bom longa.

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Pensando nisso, o Canaltech listou 7 filmes remakes que Hollywood estragou.

7. Táxi

O diretor Luc Besson é um dos grandes nomes do cinema francês e que, já há algum tempo, vem chamando a atenção de Hollywood. Ele é o responsável por filmes como Lucy e o excelente Busca Implacável, além de algumas produções feitas em seu país de origem que também ganharam versões em Hollywood bastante castigadas.

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É o caso da franquia Táxi, que rendeu nada menos do que quatro filmes. Diante de todo esse sucesso na Europa, não demorou para que alguém decidisse levar a trama para os EUA — e foi aí que a corrida passou a merecer só uma estrela.

Na verdade, a mudança no cenário é o menor dos problemas. O que torna a versão americana ruim é todo o resto em torno disso: o roteiro passou a ser muito mais uma comédia besteirol do que um filme de ação. Tem uma taxista recém-habilitada, um policial bobo que foi afastado por ser barbeiro no trânsito e uma gangue formada por modelos, com direito a Gisele Bundchen no elenco.

É tanta coisa errada que o pessoal até custa a acreditar que é baseado em uma obra do Besson.

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Táxi está disponível no Star+.

6. Oldboy

Oldboy foi o primeiro contato de muita gente com o cinema coreano. Ele é impactante por várias razões, seja por trazer uma história bastante pesada e com reviravoltas incríveis, seja por ser muito bem dirigido e apresente cenas de ação incríveis. Não por acaso, é um clássico que merece ser visto.

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E quando foi confirmado que Spike Lee iria dirigir o remake, todo mundo ficou interessado. Só que o filme é tão feito sob encomenda que quase não há nada ali que mostra uma assinatura do cineasta e até mesmo seu grande elenco — Josh Brolin, Elizabeth Olsen e Samuel L. Jackson — passa completamente despercebido. Você percebe a má vontade de Lee em tocar aquele projeto e acaba se perguntando por que diabos decidiram mexer em uma história que já era perfeita no original.

Oldboy está disponível no Microsoft Store, Google Play e iTunes.

5. A Vigilante do Amanhã: Ghost in the Shell

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Outro filme que se encaixa na categoria “ninguém sabe por que foi feito”, o live action de Ghost in the Shell é um daqueles casos que Hollywood só refez por achar que ganharia mais dinheiro com gente de verdade do que com uma animação, como no anime original. Prova disso é que já colocaram a Scarlett Johansson no papel de uma policial japonesa ao invés de uma atriz oriental, que é para deixar claro que limites não existem nesse futuro distópico — e muito menos no presente.

O resultado é um longa completamente sem alma. Tudo aqui que fazia a animação ser genial se perde por completo, seja em termos artísticos e estéticos, seja na própria inventividade da trama. Ao tentar se adequar ao padrão Hollywood, o remake se esvazia daquilo que era único e que tanto conquistava o público no anime.

Ghost in the Shell está disponível no Prime Video.

4. Quarentena

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Um dos casos mais marcantes de remake que só surgiu para pegar carona no sucesso do original. Afinal, não demorou quase nada entre o sucesso do espanhol [REC] e o lançamento de sua versão americana — o que permitiu que a comparação entre as duas obras fosse bem mais evidente.

O problema é que Quarentena é um remake bastante preguiçoso que não entende o porquê de o filme espanhol ser tão bom. Não se trata de fazer um found footage em uma história de zumbi apenas, mas de usar o próprio ambiente claustrofóbico para criar tensão e saber desenvolver seus personagens para que você se importe com as mortes que vão acontecer.

Assim, o que Hollywood fez foi apenas tornar a coisa toda bem mais violenta e vazia, o que acaba sendo apenas bobo.

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Quarentena está disponíel no Google Play.

3. Imagens do Além

Qualquer pessoa que assistiu ao tailandês Espíritos nunca mais sentiu uma dor nas costas da mesma forma. A história do fotógrafo que é assombrado por um espírito é assustadora por toda a tensão que é construída em torno do desenvolvimento desses personagens. Embora tenha seus jump scares, não é o foco central da coisa toda.

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E adivinha só o que Hollywood fez com Imagens do Além? Ele deixa as sutilezas de lado e se preocupa muito mais em criar situações que pareçam assustadoras do que criar esse terror atrelado à carga dramática que existia em Espíritos.

Imagens do Além está disponível no Star+ e na HBO Max.

2. O Sacrifício

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Há quem diga que O Sacrifício é um dos piores filmes da carreira de Nicolas Cage, tanto pelo roteiro sem pé e nem cabeça quanto pela própria atuação do ator, que está mais exagerada do que nunca.

O longa é um remake de uma produção britânica que tinha ninguém menos do que Christopher Lee. E o problema da nova versão é que ela nem sequer tenta se igualar ao original.

Ela pega uma trama bem simples — um policial se envolve em um mistério envolvendo uma seita estranha em uma ilha remota — e consegue a proeza de se perder por completo. Para piorar, a tensão e o suspense dão lugar a uma interpretação um tanto quanto incômoda de Cage. No fim, nada funciona e o suspense vira uma comédia involuntária.

Para o seu próprio bem, o filme não está disponível em nenhum streaming ou loja digital.

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1. Godzilla

Godzilla sempre foi um marco do cinema japonês mesmo com seu baixo orçamento e nunca escondendo que aquilo era um boneco de borracha quebrando uma maquete. Por isso mesmo, quando Hollywood anunciou que iria fazer a sua versão do lagartão com um orçamento tão colossal quanto o próprio monstro, todo mundo se empolgou. Mal sabíamos nós que era melhor ter ficado com a fantasia de borracha.

O longa de 1998 é uma tragédia em todos os sentidos possíveis. O lagarto mutante ganhou visual de dinossauro — influência do sucesso de Jurassic Park —, a história era repleta de momentos sem sentido e nem mesmo a ânsia do diretor Roland Emmerich de fazer filmes-catástrofe deu jeito na coisa toda.

Godzilla é um filme tão bizarro que tem cenas absurdas, como a do monstro gigante se escondendo atrás dos prédios para que as pessoas não o vejam ou o fato de que ele pode botar ovo e que essa é a verdadeira ameaça da história.

Aliás, o filme é tão ruim que o estúdio Toho, responsável pelo personagem no Japão, adquiriu os direitos dessa versão do monstro da TriStar só para poder colocá-lo em seus filmes e tratá-lo sempre com o maior desprezo possível. É para deixar claro que esse não é o Godzilla de verdade.

O Godzilla de 1998 está disponível na HBO Max.