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7 filmes da Disney que envelheceram muito mal

Por| Editado por Durval Ramos | 14 de Outubro de 2023 às 10h30

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Reprodução/Disney
Reprodução/Disney
Tudo sobre Walt Disney Company

Analisar qualquer obra fora do seu período de lançamento é sempre uma tarefa bastante complicada, já que normas sociais que eram aceitáveis no passado podem não ser bem vistos nos tempos atuais. A sociedade evolui e muito do que a gente considerava normal lá atrás pode ter se tornado problemáticou ou mesmo ofensivo hoje em dia. E com a Disney não poderia ser diferente, já que muita coisa mudou ao longo desses 100 anos em que a empresa está aí lançando filmese criando histórias.

A companhia do Mickey é famosa por seus filmes e desenhos para família, mas muitos envelheceram consideravelmente mal. Em alguns casos, até mesmo na época do lançamento das produções, algumas ideias já não eram muito legais, então imagine hoje em dia.

Assim, para celebrar o centenário da Disney relembrando os episódios que ela gostaria de jogar para baixo do tapete — como aquele tia que sempre aparece em aniversários — reunimos uma lista para fazer muita gente achar absurdo como clássicos da Disney são cheios de ideias um tanto erradas.

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7. Dumbo

Dumbo pode parecer um desenho inocente sobre um elefantinho voador que sonha com a sua liberdade. Porém, o filme de 1941 tem alguns elementos da época que são bastante problemáticos quando olhamos hoje. Um exemplo são as cenas com um grupo de corvos apresentados como preguiçosos e fumando charutos, uma alusão de como a sociedade branca americana enxergava os negros na época em que o filme foi feito.

Para piorar as coisas, o líder do grupo era chamado Jim Crow, nome da lei de segregação racial dos estados do sul dos EUA. Na versão do filme presente na Disney+, essa cena acabou sendo editada, mas ninguém esqueceu dela!

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6. Branca de Neve e os Sete Anões

Aqui devem começar as perguntas sobre clássicos aparecerem na lista. Sim, Branca de Neve e os Sete Anões é um clássico do cinema, sendo extremamente importante não somente para a Walt Disney Company, mas para Hollywood como um todo.

Porém, isso não exclui algumas ideias erradas do filme, como o fato de estigmatizar pessoas com nanismo — algo que vem sendo observado com muita atenção no remake em live-action que a Disney pretende lançar no ano que vem. Isso por si só já seria complicado, mas os desenhos da Disney adaptavam contos de fada que tinham uma coisa com "adolescentes desacordadas sendo beijadas por estranhos".

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A Branca de Neve, que tinha 14 anos na história, tecnicamente tinha morrido. A ideia de "um beijo apaixonado trouxe ela de volta à vida" é bem esquisita e, novamente, ela tinha só 14 anos. O príncipe só chegou e beijou uma adolescente morta no meio do mato. Se isso não é muito errado, eu não sei mais o que poderia ser.

Tudo bem que isso está ligado ao conto clássico, mas a imagem acabou sendo eternizada pela animação da Disney e virou o pesadelo de qualquer pai que tenta explicar para seus filhos que não deve aceitar gracejos de estranhos assim.

5. A Bela Adormecida

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Continuando a tendência esquisita, A Bela Adormecida. Tecnicamente, a princesa Aurora estava em coma. Induzido por magia, mas ainda um coma. O Príncipe viu a menina cantando no mato e acabou entrando em uma missão para salvá-la.

Ele chega e beija a menina. Novamente, é o jeito usado para acordá-la, mas pelo amor de tudo quanto é mais sagrado, são todos adolescentes nessa brincadeira. Chega de mandar os caras para beijar adolescente em coma. Ideia mais errada do mundo!

4. A Pequena Sereia

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Falando em ideias erradas, A Pequena Sereia da Disney tem uma história bem esquisita e que ainda conseguiu aliviar a esquisitice da sua versão original, escrita por Hans Christian Andersen. Zoado em um nível que, se você parar para analisar toda a história de uma adolescente que vende a voz para conseguir pernas e casar com um cara que viu uma vez na vida, entende como tudo é problemático.

A própria Disney deve achar, já que lançou um pequeno curta com Olaf, de Frozen, recontando a história e não tem como levar a sério.

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Além disso, a animação original tem um trecho que repete a obsessão de beijos não consentidos. Na canção Beije a Moça, os personagens incentivam o príncipe Eric a beijar Ariel durante um passeio de barco no lago. O problema é que, em determinado trecho da música, é dito que ele nem precisa perguntar nada para a moça, bastando apenas beijá-la. A Disney viu como isso era errado e, no remake live-action lançado em 2023, alterou essa frase e fez questão de destacar que é preciso perguntar sempre.

3. A Bela e a Fera

Aviso: A Bela e a Fera é o meu desenho favorito da Disney. Realmente gosto desse filme, mas isso não significa que ele recebe passe-livre para ser esquisito. O filme coloca uma jovem que é mantida em cativeiro por uma besta gigante, que tenta fazer com que ela se apaixone por ele em pouco tempo, quebrando um feitiço que o acometeu por ser um imenso vacilão.

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Existem várias camadas de coisas erradas aqui, que vão desde manter a jovem em cárcere privado, fazer com que ela se apaixone com o que é, essencialmente, um cachorro gigante com chifres (e uma voz encantadora). O pior é que ela realmente desenvolve uma síndrome de Estocolmo complicada ali, se apaixonando de verdade pelo seu captor naquela crença de que o amor pode fazer a Fera mudar e ser alguém melhor — algo típico de relacionamentos tóxicos. Tudo errado!

2. Pocahontas

A história real da nativa americana Pocahontas é bem complexa e triste, então a escolha dela como centro do primeiro longa animado da Disney baseado em um personagem real era meio esquisita. O filme conta a história de como a nativa conheceu o inglês John Smith e os colonos que chegam em Jamestown.

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O sofrimento dos povos nativos e a invasão de colonizadores acaba ficando em segundo plano para focar na personagem com sua "magia da natureza" e no romance dela com Smith.

1. A Canção do Sul

A Canção do Sul tem ideias tão retrógradas que o filme chegou a ser banido pela própria Disney por anos. Lançado em 1946, o filme se passa na Georgia durante os anos após o fim da Guerra Civil americana e a abolição da escravatura.

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O filme tem na figura de Tio Remus, o protagonista da história, um ex-escravo que leva uma vida simples, mas que relembra com saudosismo os tempos antigos como trabalhador de plantações, o que por si só já é bastante complicado. Aliado a isso, o personagem e elementos da cultura afro-americana são apresentados de maneira estereotipada, realçando o racismo da época

A Canção do Sul foi criticado até mesmo quando foi lançado, mas acabou rendendo prêmios de Melhor Canção e um Oscar Honorário a James Baskett, que se tornou o primeiro negro a receber uma estatueta da Academia. Não foi o suficiente para esconder a mancha que o longa representa no currículo do Mickey.

A Canção do Sul continua "trancado" nos cofres da Disney, que não exibe o filme desde os anos 1980 e não o adicionou a seu catálogo do Disney+.