Elis Regina | Onde assistir ao filme sobre a história da cantora
Por Durval Ramos • Editado por Jones Oliveira |
Um dos maiores nomes da música brasileira, a cantora Elis Regina voltou aos holofotes, mais de 40 anos depois de sua morte, após estrelar uma campanha da Volkswagen. A montadora utilizou a tecnologia de inteligência artificial para inserir a artista, ao som de Como Nossos Pais, ao lado de sua filha Maria Rita na propaganda sobre os carros da empresa.
- Belchior e muito mais: 7 artistas que merecem uma cinebiografia
- 5 melhores minisséries da TV Globo no Globoplay
E embora o caso tenha chamado muito a atenção por ser uma das primeiras utilizações da IA na publicidade brasileira — e com uma artista do quilate de Elis —, o episódio também fez muita gente descobrir a cantora. Há toda uma geração que nasceu depois de seu falecimento e que não a conhecia e tampouco sabia da potência da sua voz ou da sua importância para a cultura nacional.
A figura de Elis Regina é tão poderosa até hoje que gera fascinação, além de ter uma biografia que realmente parece coisa de cinema. Não por acaso, sua trajetória foi adaptada para as telonas, sendo uma dos melhores filmes biográficos dos últimos anos.
A atriz Andreia Horta (Um Lugar ao Sol) vive a cantora no filme Elis, lançado em 2016 com direção de Hugo Prata (Coisa Mais Linda). Com uma caracterização impecável e trazendo a força de suas canções, ela entrega toda a intensidade de Elis Regina em uma atuação elogiadíssima pela crítica e adorada pelo público.
Onde assistir ao filme Elis
Quem quiser conhecer a história da cantora mais a fundo e entender sua importância para a cultura e história do país para além do comercial da Volkswagen consegue encontrar o filme com certa facilidade. O longa Elis está disponível em vários serviços de streaming, o que facilita o acesso.
Atualmente, está tanto na Netflix quanto no Telecine e no Star+. Assim, é possível acompanhar em menos de duas horas toda a trajetória da cantora que marcou uma geração e explora tanto os pontos altos quanto os baixos de sua carreira. A trama acompanha desde a sua chegada ainda adolescente ao Rio de Janeiro até sua morte prematura aos 37 anos de idade.
Isso inclui desde os relacionamentos com Ronaldo Bôscoli e César Camargo Mariano Mariano — vividos na adaptação por Gustavo Machado (Chacrinha: O Velho Guerreiro) e Caco Ciocler (Pantanal), respectivamente —, a ascensão na carreira e os confrontos durante a Ditadura Militar. Da mesma forma, não esconde os dramas de sua vida pessoal conturbada e os vícios que levaram à sua morte por overdose em 1982.
O filme ainda traz outros grandes nomes no elenco, como Lúcio Mauro Filho (A Grande Família), Ícaro Silva (Legalize Já: A Amizade Nunca Morre) e Júlio Andrade (Meu Tio Matou um Cara).
E a produção é interessante até para ver como outros nomes da música brasileira foram caracterizados, como Jair Rodrigues, Nara Leão e o cartunista Henfil.
Outra opção para conhecer a história de Elis Regina é conferir a versão em série que a TV Globo fez. Trata-se da mesma história do filme editada em um formato episódico que foi ao ar em 2019 com o nome Elis: Viver é Melhor que Sonhar.
São quatro episódios com pouco mais de 30 minutos cada que vão um pouco além do que o longa apresenta. Isso porque a minissérie mistura cenas da adaptação com gravações históricas e entrevistas em um misto de romantização e documentário que dividiu opiniões. Ainda assim, é uma boa forma de saber mais sobre a cantora, principalmente para quem tem pouco tempo.
A minissérie Elis: Viver é Melhor que Sonhar está disponível no Globoplay.
Elis Regina canta no próprio filme
Quando o longa Elis foi anunciado, a principal dúvida que surgiu seria se a atriz Andreia Horta iria cantar de verdade. Um questionamento válido, já que a voz da cantora é de uma potência muito difícil de replicar e uma de suas marcas mais notáveis. Por isso mesmo, a direção de Hugo Prata optou por usar gravações originais da artista.
Isso não quer dizer, porém, que Horta não se esforçou. Durante a produção, ela revelou que fez meses de curso de técnica vocal para se preparar para o papel, mas que sabia que jamais chegaria ao nível da Pimentinha, como Elis era chamada.
E esse conhecimento foi muito útil durante as gravações. Embora não seja a sua voz que a gente ouve no filme, ela realmente cantou durante as filmagens e isso se torna perceptível quando a gente olha para sua interpretação. Mais do que uma dublagem, é possível notar no gestual e na sua expressão facial a verdade de quem canta Como Nossos Pais e outros sucessos eternos — algo que a inteligência artificial ainda não consegue replicar.