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Crítica Tubarão: Mar de Sangue | Filme tem roteiro simples, mas bem desenvolvido

Por| Editado por Jones Oliveira | 01 de Dezembro de 2022 às 10h00

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Reprodução/ Freebie Films
Reprodução/ Freebie Films

Os filmes de ataque de tubarão sempre fizeram sucesso com o público e com a crítica. O clássico Tubarão, lançado em 1975 e dirigido por Steven Spielberg, foi responsável por iniciar a franquia e incentivar a produção desse tipo de trama. Agora chegou a vez do diretor James Nunn lançar a sua versão da história. Ele, que é conhecido por filmes como Busca Explosiva 6, Tiro Certo, Risco Máximo e O Ataque, soube construir mais um filme de ação — quase — impecável.

Tubarão: Mar de Sangue conta a história de um grupo de cinco amigos que está passando as férias em um local paradisíaco. Em uma noite de festas, eles bebem mais do que o esperado e quando acordam pela manhã, decidem roubar dois jet-skis para dar um passeio.

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Todos estão empolgados, menos Nat, a mais responsável do grupo. Apesar de relutante, a garota aceita participar da aventura e sobe no jet ski com os amigos.

Atenção! Essa crítica tem spoiler de Tubarão: Mar de Sangue

A ideia inicial era apenas se divertir no mar, mas à medida que a brincadeira vai ficando séria, o grupo se afasta cada vez mais da orla. Em um determinado momento, os dois veículos se chocam e enquanto um quebra a engrenagem, o outro afunda, fazendo com os cinco fiquem ilhados, sem ter como se comunicarem com outras pessoas.

Essa situação por si só já é o suficiente para causar angústia e ansiedade no público e mostrar que o filme tem potencial. O principal ponto positivo é que o diretor não demora a entregar a história, afinal o público já sabe o que vem pela frente, então resta saber como isso vai ser mostrado.

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Sendo assim, Nunn acerta ao criar momentos de tensão logo nos primeiros minutos e em dar ao filme o tempo que ele merece. São aproximadamente uma hora e meia de duração que não cansam o espectador e nem deixam a trama pela metade.

Atuações ajudam a contar a história

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Outro ponto positivo de Tubarão: Mar de Sangue é que ele conta com um elenco que entrega o que precisa. Enquanto os homens são personagens simples que beiram o besteirol, as mulheres se sobresaem na inteligência. Ainda assim, todos são rasos, mas esse não é um problema, já que faz parte do intuito da obra.

O time masculino ficou com Jack Trueman como Tom, Malachi Pullar-Latchman como Tyler e Thomas Flynn como Greg. Já as meninas foram vividas por Catherine Hannay como Milly e Holly Earl no papel de Nat.

Vale falar que Nat é a protagonista e a única sobrevivente do filme. Ela é construída como uma mocinha forte e corajosa que tem sua rendenção após ser traída pelo namorado, Tyler, e pela melhor amiga, Milly.

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Aliás, esse triângulo amoroso foi usado para gerar um pouco mais de tensão no filme, mas nem precisava porque a trama por si só já deixa o espectador nervoso do início ao fim.

Sonoplastia e efeitos visuais agradam e surpreendem

Em Tubarão: Mar de Sangue o público não vai encontrar a famosa musiquinha de tensão tão comum nessas produções, mas isso não tira a graça da obra. Aliás, o silêncio em alguns momentos de clímax até favorece o suspense porque deixa o público sem saber se o tubarão atacou ou não.

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E por falar nele, a estrela principal é muito bem trabalhada, o que favorece a verossimilhança e faz a história ficar mais realista. Os efeitos visuais funcionam e fazem o ataque do animal parecer totalmente real — e muito assustador.

O time de maquiagem também merece elogios, pois conseguiu criar machucados verdadeiros e uma fratura exposta que dá bastante agonia.

Enredo simples e direto

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O texto de Tubarão: Mar de Sangue é simples e direto — ou seja, não tenta inventar a roda e nem tenta ficar dando voltas no inexplicável — e a trama cumpre o que propõe: contar a história de um grupo que fica ilhado e pouco a pouco vai sendo comido por um tubarão.

O primeiro a morrer é Greg, logo em seguida morre Tyler, que tenta nadar até um barco próximo, mas acaba comido pelo animal. Assim, resta apenas o trio que faz parte do triângulo amoroso: Milly, Nat e Tom.

O tempo passa, anoitece, e os três seguem tentando encontrar uma solução para sair daquela situação, mas nada dá certo.

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Em um certo momento, o público pode pensar: mas por que eles não tentam remar até o litoral? E eles tentam, mas também não funciona. Aqui vale falar que o roteiro se preocupou em (tentar) não deixar furos e, por isso, mostrou uma onda engolindo os celulares e outros pertences que o grupo deixou na praia. Assim, ninguém saberia onde eles estavam e nem se lembraria de procurá-los.

Mas, como nem tudo é perfeito, o filme peca numa cena grotesca. Quando Nat nada para pegar o colete salva vidas, o tubarão vem em sua direção e é nesse momento que ela acredita que a melhor solução é atacá-lo com um punhal improvisado.

A consequência lógica dessa atitude estúpida seria ela sendo totalmente devorada pelo animal, porém ela sai praticamente ilesa, apenas com o ombro machucado.

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Se ao menos a tivessem feito perder um braço ou uma perna, o espectador poderia até relevar — porque sabemos que as mocinhas não morrem no final —, mas, da maneira que a cena foi feita, ficou feia, boba e artificial.

Vale a pena assistir Tubarão: Mar de Sangue?

Chamado de Shark Bait em inglês, o longa de terror de James Nunn não surpreende, mas não decepciona. O filme tem uma trama coesa, bem escrita e bem desenvolvida, sendo uma obra que vale a pena assistir.

Se você ficou curioso com a história, pode assistir Tubarão: Mar de Sangue a partir do dia 1 de dezembro, exclusivamente nos cinemas. Garanta o seu ingresso na Ingresso.com.