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Crítica Duas Bruxas | Filme mira no inovador e acerta no grotesco

Por  • Editado por Jones Oliveira | 

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Reprodução/ Synapse Distribution
Reprodução/ Synapse Distribution

Duas Bruxas: A Herança Diabólica é a nova aposta de terror da Synapse Distribution. Dirigido por Pierre Tsigaridis e escrito por Maxime Rancon e Kristina Klebeto, o filme mira na inovação, mas acaba caindo no grotesco.

Dividido em dois capítulos e um epílogo, o longa já chega mostrando a que veio, entregando o terror logo nas primeiras cenas. Na primeira parte, conhecemos Sarah (Belle Adams), uma jovem grávida que está jantando com seu marido em um restaurante e começa a ser incomodada com os olhares de uma idosa bizarra que está na mesa do lado.

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A partir de então, a moça começa a ser assombrada com visões macabras e um mal estar que a faz acreditar que algo sobrenatural a está perseguindo. Descrente de tudo, o marido desconsidera as reclamações de Sarah e a leva para passar um tempo com um casal de amigos. No local, eles resolvem brincar com o tabuleiro Ouija, e o que era para ser apenas uma brincadeira se torna um evento macabro.

Com uma premissa até interessante, a primeira metade do filme é vazia e abusa do gore gratuito para preencher espaços de tela. Há momentos risíveis, como quando uma das pessoas do grupo prende o dedo na porta e o membro imediatamente cai da mão. Mesmo se tratando de terror e ficção, fica tão banal que ofende a inteligência do espectador.

Além disso, tudo é mal explicado, e embora o objetivo do diretor seja escancarar o terror logo de cara, falta um texto que una melhor as sequências.

Parte dois melhora e dá mais gás

O segundo capítulo de Duas Bruxas, intitulado Marsha, foca na neta da primeira bruxa apresentada anteriormente. Aqui, o texto flui melhor e parece mais conectado com a intenção dos roteiristas.

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A trama nos apresenta uma jovem, vivida brilhantemente por Rebekah Kennedy, que se prepara para receber os poderes sobrenaturais que herdará de sua avó assim que ela morrer. Maligna e invejosa, ela dissimula uma boa relação com sua colega de quarto Rachel (Kristina Kleber), mas faz de tudo para estragar a vida da garota.

Apesar de abusar das cenas gráficas, os melhores momentos acontecem quando o filme consegue gerar tensão e expectativa no público, como quando Marsha confronta a mãe de Rachel. Infelizmente, eles são raros.

Boa ideia; péssima execução

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Apesar de estar sendo comparado com o famoso Arraste-me Para o Inferno —certamente por mostrar uma bruxa velha e grotesca — Duas Bruxas não consegue o mesmo êxito do longa de 2009 e apresenta uma boa ideia, mas um texto forçado e mal executado. A segunda metade realmente parece querer engrenar, mas precisaria de mais atenção ao roteiro para ser agradável.

No final do longa, vemos que ele terá uma continuação, o que pode ser uma boa chance para o diretor e os roteiristas amarrarem melhor a história.

Vale a pena assistir à Duas Bruxas?

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O longa de Tsigaridis pode agradar os fãs de terror que estavam sentindo falta de ver nas telonas bruxas macabras e malignas pelo simples prazer de serem ruins. No entanto, com uma história que peca no roteiro, Duas Bruxas não será a melhor opção de terror do mês.

Se ainda assim você quiser dar uma chance ao filme, pode garantir suas entradas para assistir a Duas Bruxas: A Herança Diabólica pelo ingresso.com.