Coringa 2: diretor diz que sua passagem na DC acabou
Por Guilherme Haas |

O diretor de Coringa: Delírio a Dois, Todd Phillips, afirmou que não haverá um terceiro filme da franquia do Palhaço do Crime. Em entrevista ao The Hollywood Reporter, durante a première do seu novo trabalho, o cineasta declarou: “Sinto que meu tempo no universo DC foram esses dois filmes”.
O comentário do diretor parece bastante conclusivo sobre a encerramento desse universo baseado nos quadrinhos da DC. Porém, os fãs devem se lembrar que Phillips fez uma declaração semelhante em 2019, quando também afirmou que não pretendia produzir uma sequência para o primeiro filme.
Sucesso de Coringa
Coringa, de 2019, rendeu ao diretor uma indicação ao Oscar, além de consagrar Joaquin Phoenix com o prêmio de Melhor Ator. O longa-metragem ultrapassou a marca de US$ 1 bilhão nas bilheterias mundias e se tornou um dos maiores sucessos entre filmes com classificação indicativa para maiores de idade — recorde superado este ano por Deadpool & Wolverine.
O resultado comercial da produção abriu caminho para uma sequência. Segundo o próprio diretor, em comentário após a recepção do público, "um filme não arrecada um bilhão de dólares sem que se fale de uma sequência".
Quem sabe o resultado de Delírio a Dois nas bilheterias ou na temporada de premiações mude a decisão de Todd Phillips sobre o futuro da franquia. Por enquanto, o cineasta diz que não há planos de expandir a história do Coringa de Joaquin Phoenix, nem de sua parceira, a Arlequina, interpretada por Lady Gaga.
Fim do DC Black Label nos cinemas?
O filme solo do Coringa foi originalmente pensado como parte do DC Black Label, uma proposta de Phillips para a criação de um selo dedicado a filmes independentes e mais sombrios, focados em personagens da DC.
Inspirado pelo Black Label dos quadrinhos, que publica histórias mais maduras, como Batman: Damned e Harleen, a ideia era oferecer aos diretores a liberdade de explorar versões alternativas de personagens fora do universo compartilhado da DC.
No entanto, o plano de Phillips não avançou. Embora sua obra tenha sido um sucesso, a Warner Bros. optou por manter as produções dentro do selo principal de filmes da DC. A proposta de separar produções como Coringa da cronologia do universo compartilhado foi retomada em parte com o conceito de Elseworlds, aplicado a histórias que não se conectam diretamente ao novo DCU, sob o comando de James Gunn e Peter Safran.
"DCU e Elseworlds estão todos dentro da DC Studios, e sob a minha responsabilidade e de Peter, mas as histórias simplesmente não estão interligadas", disse James Gunn na época do anúncio do reboot do universo DC nos cinemas.
O DCU será reapresentado no ano que vem com um novo filme do Superman, estrelado por David Corenswet, sob a direção de Gunn.
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Fonte: The Hollywood Reporter