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A Sociedade da Neve | Conheça a aterrorizante história real do filme da Netflix

Por| Editado por Durval Ramos | 04 de Janeiro de 2024 às 10h05

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A Sociedade da Neve, destaque das estreias da Netflix em janeiro de 2024, é um filme tenso baseado em fatos reais, contando a história de sobrevivência de um time uruguaio de rugby que sofre um acidente aéreo e fica preso na Cordilheira dos Andes. A adaptação foi dirigida por J.A. Bayona (Jurassic World: Reino Ameaçado) cobre todo o acontecimento, mas os fatos reais podem ser muito mais horripilantes do que aqueles que chegam ao filme da Netflix.

Foco de adaptações para o cinema e tema de diversos documentários, a história do Voo Força Aérea Uruguaia 571 mexe há mais de cinco décadas com o imaginário da América Latina e do próprio mundo. Entender o que aconteceu com seus passageiros é saber até que ponto o ser humano pode sobreviver a situações extremas.

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O acidente que mudou tudo

No dia 13 de outubro de 1972, uma sexta-feira, o avião Fairchild FH-7827 da Força Aérea Uruguaia transportava a equipe de rugby do Uruguai para participar de uma partida no Chile. O avião já havia feito uma escala noturna por conta do clima pesado, mas seguiu viagem no dia seguinte. 

Enquanto sobrevoava a Cordilheira dos Andes, o piloto da aeronave notificou sua localização sobre a cidade de Curicó, no Chile, e foi autorizado a descer. Isso se mostrou um erro, já que o trajeto estava cheio de nuvens. Ao não levar em consideração os fortes ventos vindos da frente do avião, a velocidade para a descida foi iniciada muito cedo, antes que ele tivesse passado pelas montanhas. E foi quando o acidente aconteceu.

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O avião acabou se chocando com um pico que separou a sua asa direita e arrancou um pedaço da parte traseira da fuselagem. Em seguida, outro choque arrancou a asa esquerda, com uma das hélices cortando a fuselagem no processo.

A aeronave caiu em uma encosta, travando por conta da neve. Das 45 pessoas que estavam a bordo, 12 morreram no acidente ou logo em seguida, outras cinco na manhã seguinte e uma vítima faleceu no oitavo dia, por causa de ferimentos.

Sobrevivendo ao inferno gelado

Os 27 sobreviventes restantes tiveram que enfrentar vários problemas para conseguirem sobreviver ao período que passaram na área do acidente. Muitos haviam se ferido, não contavam com equipamentos médicos ou vestimentas apropriadas para o frio extremo.

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Um dos sobreviventes, um aluno de medicina, conseguiu improvisar talas e meios de tentar ajudar os presentes. As buscas por eles envolveram profissionais de três países, mas pela dificuldade de acesso ao local, apenas buscas aéreas eram possíveis. Por causa do gelo e da cor branca da aeronave, se tornou praticamente impossível encontrar os rastros do avião.

Após oito dias, os profissionais cancelaram as buscas, fazendo com que os sobreviventes precisassem tomar medidas extremas para se salvar.

Por conta da falta de alimentos, nos dias seguintes ao acidente, foram realizados racionamento para que os mantimentos não se esgotassem rapidamente. Mesmo assim, a comida foi acabando rapidamente e, por não existir qualquer tipo de vegetação ou vida animal próxima, o grupo precisou tomar a difícil decisão de comer a carne dos corpos daqueles que não resistiram ao acidente.

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Para tornar as coisas ainda piores, uma avalanche noturna tirou a vida de mais oito pessoas.

Luta pela vida e resgate

Após notarem que não sobreviveriam se continuassem no mesmo local, os passageiros Fernando Parrado e Roberto Canessa partiram em uma escalada e caminharam através dos andes em busca de ajuda.

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Após dez dias de viagem, eles encontram um fazendeiro chileno, que os ajudou, dando comida e um local para ficarem, alertando as autoridades sobre os sobreviventes. Após 72 dias do acidente, a equipe de resgate chegou ao local com o resto dos passageiros, conseguindo levá-los até hospitais na cidade de Santiago, no Chile. 

Os sobreviventes foram tratados de ossos quebrados, queimaduras, escorbuto, desnutrição e desidratação. Algumas semanas depois, uma expedição foi até o local do acidente para sepultar os restos mortais daqueles que não resistiram, homenageando as vítimas.

A história dramatizada do que ficou conhecido como Milagre dos Andes e rendeu várias adaptações para o cinema, como a clássica Vivos e a recém-lançada A Sociedade da Neve, já disponível na Netflix.