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A Pequena Sereia | 10 diferenças entre o filme e o desenho

Por| Editado por Jones Oliveira | 27 de Maio de 2023 às 13h00

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Tudo sobre Walt Disney Company

O novo A Pequena Sereia é tão idêntico à clássica animação de 1989 quanto os live-actions da Walt Disney Company podem permitir. Assim como vimos em outros remakes do tipo, o estúdio prefere uma abordagem segura de suas histórias icônicas, recontando as histórias que marcaram gerações com apenas algumas mudanças pontuais para fazer sentido a nova versão.

É uma decisão criativa que divide opiniões. Há quem goste dessa reverência ao material original, enquanto outros criticam a falta de ousadia e criatividade. Ainda assim, temos que convir que o filme que acaba de chegar aos cinemas faz diversas alterações e acrescenta elementos que não existem no desenho animado e que dão novo peso e sentido a alguns acontecimentos, enquanto outros são um pouco mais sutis e de pouco impacto.

O ponto é que, quando colocamos lado a lado as duas versões é que vemos o quanto o live-action mexeu no roteiro. A essência ainda é a mesma — e nem faria sentido ser diferente —, mas há vários momentos que os fãs mais fervorosos vão perceber como o novo A Pequena Sereia é diferente.

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10. O propósito das viagens de Eric

Vamos combinar que, no desenho original, mal dá para chamar Eric de um personagem. Ele é o príncipe genérico de todo conto de fadas — bonitão, simpático e sempre pronto para se apaixonar — que não tem bem uma motivação dentro da trama além de ser o par romântico de Ariel. E o live-action tenta mudar isso.

A começar pelas suas viagens. No desenho, ele está em turnê pelos mares para visitar outros reinos e conhecer uma noiva. É uma motivação bastante bobinha que foi substituída por razões mais nobres para justificar porque um membro da família real está arriscando a vida nos oceanos.

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No novo filme, Eric (Jonah Hauer-King) viaja o mundo para conhecer novas culturas para adquirir conhecimento e, assim, ajudar o desenvolvimento de seu reino. Além disso, ele também tem esse ímpeto aventureiro que o impede de ficar preso dentro de um castelo e a insistência de sua mãe faz com que ele se sinta enjaulado — espelhando a relação de Ariel (Halle Bailey) com Tritão (Javier Bardem).

9. Não existe Atlântida

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Eis uma mudança bastante sutil, mas que faz toda a diferença na condução da história. Ao contrário do desenho clássico, o novo A Pequena Sereia não traz o reino submarino de Atlântida, sendo que o rei Tritão exerce seu poder dentro do ecossistema marinho e não em uma corte tradicional.

A razão para isso é óbvia: corte de gastos. Para evitar inflar ainda mais o orçamento do filme, a Disney optou por eliminar a criação de um castelo embaixo d’água e simplificou essa parte da trama que, na prática, era inútil. Assim, ao invés de Ariel se atrasar para a apresentação musical com suas irmãs, o live-action cria o conceito da Lua de Coral, uma reunião entre o rei e suas filhas para saber como estão as coisas nos Sete Mares.

8. Úrsula é irmã de Tritão

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Outra mudança que é irrelevante, mas que não deixa de ser um ponto curioso de se notar é que Úrsula (Melissa McCarthy) se tornou irmã de Tritão, dando uma razão a mais para justificar o ódio da Bruxa do Mar pelo rei.

Só que é uma alteração gratuita, pois não acrescenta nenhuma trama nova e nem tem consequência no andamento geral da trama. Ela apenas explica que, por alguma razão, seu irmão a baniu da corte e, desde então, ela vive exilada e alimentando esse rancor e desejo de vingança.

7. O Canto da Sereia

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Outra adição que o novo A Pequena Sereia faz é colocar um componente místico em Ariel. Quando ela salva Eric do naufrágio e ele quase se afoga, a heroína começa a cantar para salvá-lo. Isso é algo que existe na animação, mas é dada uma explicação mágica para isso.

Logo após essa cena, Sebastião (Daveed Diggs) surge repreendendo Ariel por usar o Canto da Sereia em um humano, sugerindo que se trata de uma habilidade específica que ela possui e que foi isso que salvou o príncipe. E é por essa razão que o siri sabe que Tritão vai ficar furioso quando descobrir.

Mais adiante, quando Ariel faz o pacto com Úrsula para ganhar pernas e poder ir à superfície, a Bruxa do Mar retira justamente essa habilidade como justificativa para tornar a princesa muda. Ao invés de entrar naquele papo delicado de que os homens não gostam de mulheres que falam, a vilã silencia a mocinha a partir do tal canto.

6. Ariel é encontrada por pescadores

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A ida de Ariel para a superfície é bem diferente no live-action em comparação ao desenho. Na animação, a ex-sereia nada até a costa e é acolhida por Sabichão, que lhe dá roupas, e ela é logo encontrada por Eric e seu cachorro Max. A partir daí, ela já é levada para o castelo e começa sua convivência com o príncipe.

A nova versão fez questão de desenvolver melhor essa jornada. Assim, Ariel é capturada pela rede de um pescador, que se assusta ao encontrar uma moça entre os peixes. É ele quem veste a garota e a leva para o povoado para ser cuidada pelo pessoal da vila. E, como já há todo o burburinho de que Eric está buscando uma jovem misteriosa que o salvou do naufrágio, ela é levada para o castelo.

Esse tempo a mais que a protagonista passa antes de se envolver com seu amado é muito rico. Além de ser o momento em que a nova música Tudo Tão Novo é executada, serve também para mostrar com mais detalhes o reino, que deixou de ser aquela coisa medieval genérica e ganhou características caribenhas muito mais interessantes.

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5. O interesse de Eric em Ariel

Ainda nessa linha, ao descobrir que a garota não fala, o Eric do live-action deixa Ariel de lado e há toda uma minitrama para desenvolver o relacionamento dos dois que funciona bem mais do que no desenho. Ao invés de ser aquela coisa imediata e artificial, o live-action mostra as tentativas de comunicação entre eles e a descoberta de interesses em comum.

Isso tudo serve para que Ariel se apaixone de verdade por Eric ao ver o quanto ele é semelhante a ela ao mesmo tempo em que o rapaz vai se encantando pelo jeito da moça, por sua ingenuidade e por todas as descobertas que ela faz. Tanto a cena da biblioteca quanto o momento em que ele descobre seu nome representam bem essa aproximação que é tão bem construída aqui.

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4. Nada de cozinheiro

Uma parte que foi totalmente limada do remake de A Pequena Sereia é a briga de Sebastião com o cozinheiro real. No desenho, o responsável pela cozinha tem uma série de embates com o siri na tentativa de colocá-lo em uma panela, gerando sequências que são mais cômicas do que úteis para a trama.

Nada disso existe no filme. Assim, o alívio cômico fica mesmo na interação entre Sebastião e Sabichão (Awkwafina), que faz muito mais sentido no contexto apresentado.

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3. A derrota de Tritão

No desenho de 1989, Tritão se transforma em uma espécie de minhoquinha dos mares quando aceita a punição de Úrsula que deveria ser destinada a Ariel. Na verdade, a Bruxa revela já no começo do desenho que, quem não cumpre a sua parte do acordo, acaba se transformando nessas coisinhas minúsculas.

O live-action substitui isso por algo mais drástico: a própria morte. Tanto que, quando a vilã vai apresentar os termos para Ariel em Corações Infelizes, ela mostra os crânios daqueles que não pagaram sua parte.

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Assim, quando Tritão aceita ser punido no lugar da filha, o rei dos mares simplesmente morre e vira espuma — em referência ao conto original de Hans Christian Andersen. Segundo o diretor Rob Marshall, a mudança acontece para que a cena fosse impactante e não cômica, como acontece no desenho.

2. A luta contra Úrsula

Uma mudança simples, mas bastante significativa. Após Úrsula conseguir o tridente de Tritão e ficar gigante, o responsável por derrotar a Bruxa do Mar é outro. Tanto no desenho quanto no live-action, é a proa do navio que perfura o coração da vilã e coloca um ponto final no confronto. A diferença é que, ao invés de ser Eric que comanda a embarcação, o remake coloca Ariel no controle.

A razão para isso é óbvia: dar à heroína o protagonismo devido. Para evitar cair no erro de colocar a mocinha sendo salva pelo príncipe encantado, é a própria sereia que vai resolver a burrada que ela própria criou.

1. Desbravando novos mares

O filme se encerra da mesma forma que a animação, com Ariel e Eric se casando sob as bênçãos de Tritão e do povo da superfície. Nas duas versões, eles partem em uma viagem após a cerimônia, mas ela ganha um sentido a mais no live-action.

Ao invés de ser apenas o final feliz em que eles saem para comemorar a lua de mel felizes para sempre, o novo A Pequena Sereia amarra as motivações dos pombinhos em uma nova jornada. Como os dois personagens são apresentados como essas pessoas com um ímpeto por descobertas, eles partem em viagem para desbravar novos mares — resgatando a cena da biblioteca, em que o príncipe fala sobre as águas ainda não mapeadas por exploradores.