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William Sidis | Quem foi o homem mais inteligente do mundo?

Por| Editado por Luciana Zaramela | 27 de Março de 2023 às 10h29

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MikeShots/Envato
MikeShots/Envato

Nascido nos Estados Unidos em 1898, William James Sidis é conhecido como o homem mais inteligente do mundo, por alguns especialistas. Embora não exista uma forma segura de verificação, especula-se que o seu Quociente de Inteligência (QI) era superior ao do físico Albert Einstein, ultrapassando os 210 pontos. Alguns registros são ainda mais espetaculares e estimam 250.

Apesar de sua extraordinária inteligência, o gênio Sidis não ficou mundialmente conhecido e suas ideias não são estudadas na universidade hoje. Parte disso pode ser explicado por sua morte precoce, aos 46 anos, em 1944. Por outro lado, o filho de ucranianos ainda preserva alguns recordes: ser aprovado para estudar na Universidade de Harvard aos 9 anos e ter ingressado, oficialmente, aos 11 anos (1909), quando estava mais preparado emocionalmente. Na instituição, a criança superdotada estudou matemática.

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Segundo a imprensa norte-americana da época, o brilhante William James Sidis passou os seus anos de faculdade precoce corrigindo supostos erros Einstein e ainda teria feito ajustes na teoria da relatividade. No entanto, o que há de verdade nesses relatos é difícil de identificar, já que o gênio era avesso à exposição pública — embora os jornais o adorassem — e preferia manter a sua privacidade. Inclusive, morreu de forma totalmente reclusa.

Quem foi o homem mais inteligente do mundo?

Antes mesmo de chegar a este mundo, os pais de Sidis planejavam ter uma criança genial e, aqui, podemos supor que parte de sua genialidade é fruto dos estímulos provocados por sua família: a mãe Sarah Mandelbaum Sidis, uma médica que abandonou a sua profissão para se dedicar ao filho, e o pai Boris Sidis, um renomado psicólogo.

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A biografia do homem tido como um dos mais inteligentes do mundo conta que, aos 18 meses, Sidis já sabia ler. Quando completou 6 anos, ele tinha escrito quatro livros infantis e era um poliglota, falando seis idiomas:

  • Inglês;
  • Grego;
  • Alemão;
  • Russo;
  • Hebraico;
  • Francês.

Com tamanha genialidade, conseguiu entrar em Harvard para estudar matemática aos 11 anos. "O garoto surpreendeu todos os que entraram em contato com ele por seu domínio maravilhoso de assuntos matemáticos, a velocidade de seus cálculos e a facilidade com que ele assimilava os ramos mais intrincados da ciência", detalha um artigo do jornal The New York Times, de 1909.

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Com 16 anos, Sidis foi convidado para lecionar matemática na Universidade Rice, mas a experiência durou pouco tempo. Faltava conexão entre o gênio e os alunos da faculdade, que nem sempre o respeitavam como uma autoridade em sala de aula. Nessa época, ele escreveu mais um livro, agora, sobre geometria euclidiana.

Após o fracasso, Sidis voltou para Harvard, onde foi estudar direito. Lá, novamente, as coisas não saíram conforme o planejado e, passados 3 anos, ele abandonou o curso por causas desconhecidas, em 1919. Pouco depois, ele se posicionou de forma contrária à Primeira Guerra Mundial, tornou-se um socialista, foi preso durante protestos e terminou em sanatório. Em 1921, após receber alta, foi viver seus dias de forma anônima.

A vida reclusa de William Sidis

Embora seja possível imaginar que a reclusão do gênio Sidis esteja associada com a sua passagem pelo sanatório, a sua biógrafa Amy Wallace destaca que, ainda jovem, ele nutria o desejo por ser esquecido. "Ele foi motivo de chacota em Harvard, tudo o que ele queria era ficar longe da academia e ser uma pessoa normal", explica Wallace para a rádio National Public Radio (NPR). Em outro momento, ele teria dito que viver em reclusão seria ter uma vida perfeita.

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Nos últimos 20 anos de sua vida, Sidis abandonou por completo a vida acadêmica e assumiu diferentes tipos de trabalhos, chegando a realizar serviços braçais e até ser contador. Quando era descoberto por alguém, mudava novamente de emprego, de pseudônimo e, às vezes, de cidade.

Talvez, o único hábito que a criança superdotada não tenha abandonado na vida adulta tenha sido a escrita. Inúmeros livros foram escritos por Sidis, incluindo um longo estudo sobre a história norte-americana e outro sobre os bondes — uma paixão pouco compreendida pelo público. E dessa forma viveu, até 1944, quando sofreu uma hemorragia cerebral e faleceu.

Fonte: NYT, NPR e Interesting Engineering