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Golfinhos usam corais para fazer a própria skin care [vídeo]

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Santiaga/Envato
Santiaga/Envato

Golfinhos utilizam corais para fins dermatológicos, conforme mostra um artigo publicado na revista iScience. Em vídeo, os animais da espécie Tursiops aduncus (roaz-do-índico) esfregaram o próprio corpo em corais para usufruir de suas propriedades medicinais, finalmente esclarecendo uma questão que já vinha sendo levantada há anos por especialistas da área.

Acontece que os biólogos marinhos viam esses golfinhos escolhendo criteriosamente em qual coral esfregar o corpo, mas os motivos que levavam a essa escolha não estavam claros — pelo menos até agora. A maioria das pesquisas com golfinhos é realizada na superfície da água, mas os pesquisadores desse artigo mais recente resolveram analisar a espécie de perto, para entender o comportamento.

A equipe descobriu que esses golfinhos agitam os minúsculos pólipos que compõem a comunidade de corais, levando à liberação de um muco. Logo, coletaram amostras de corais para entender as propriedades dessa substância.

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Com isso, descobriu-se que corais da espécie Rumphella aggregata podem liberar 17 metabólitos ativos com atividades antibacteriana e antioxidante. A conclusão é que o muco dos corais e de algumas esponjas serve para regular o microbioma da pele do golfinho e tratar infecções.

“A fricção repetida permite que os metabólitos ativos entrem em contato com a pele dos golfinhos. Esses metabólitos podem ser úteis para profilaxia ou tratamento auxiliar contra infecções microbianas", afirma o estudo. A equipe espera continuar a estudar corais para identificar quais estão sendo usados ​​para esses fins, e se existem outros benefícios aos golfinhos.

De qualquer forma, os golfinhos não são os primeiros a buscar as propriedades medicinais da natureza: recentemente, um estudo da UNESP revelou que diversas espécies buscam uma árvore da Mata Atlântica chamada Cabreúva (Myroxylon peruiferum) para se automedicar, já que a planta conta com propriedades benéficas, que ajudam em várias doenças.

Fonte: iScience via EurekAlert!