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Um ímã gigante consegue atrair e danificar nosso sangue?

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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 seventyfourimages/Envato
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A mais nova dúvida científica levantada pela web é: será que um ímã gigante seria capaz de puxar o ferro do sangue e movê-lo, mesmo que de leve? A inspiração é, provavelmente, a cena em que o vilão Magneto extrai o ferro do sangue de um guarda (embora ele tivesse sido injetado com ferro extra) e o usa como uma bala. A resposta é complexa, mas, resumidamente, seria “não o suficiente”.

O sangue humano contém, é claro, bastante ferro, que sabemos que ímãs não conseguem arrancar em estado natural — se isso acontecesse, ninguém sobreviveria a uma máquina de ressonância magnética. Alguns ímãs muito grandes, no entanto, podem ter algum efeito, e algumas máquinas usadas para tomografias cerebrais se aproveitam disso para vasculhar os órgãos.

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A questão central é que o sangue não é ferromagnético, ou seja, magnético o suficiente para ser atraído por um ímã convencional. Ele tem, no entanto, algumas propriedades magnéticas, que acabam canceladas pela quantidade de água no corpo, vastamente superior ao ferro. Isso pode ser visto no vídeo acima, onde imãs repelem o sangue, mas atraem seu ferro após queimar o líquido — vamos explicar isso já, já.

Magnetismo do sangue e do corpo

Entrando em detalhes, há, nas hemácias (as células sanguíneas) uma substância chamada oxihemoglobina, que possui um diamagnetismo fraco — isso quer dizer que ela é repelida, de leve, por campos magnéticos. Já outra substância, a deoxihemoglobina, é paramagnética, ou seja, é levemente atraída por campos magnéticos e nos permite ver a atividade cerebral nas tomografias, que usam ímãs consideravelmente grandes.

Quando o sangue é queimado, obtém-se óxido de ferro, ferromagnético o bastante para ser atraído por um ímã comum — como é visto no vídeo. Caso seja um usado um ímã absurdamente grande, como o de um magnetar (uma estrela de nêutrons com enorme campo magnético), aí, sim, nosso sangue em estado normal, dentro do corpo, seria atraído.

O problema é que, nessa escala, todos os pequenos campos magnéticos do corpo seriam atraídos, indo até o nível atômico, já que tudo no mundo é um pouquinho magnético. A essa altura, não estaríamos vivos para nos preocupar meramente com o sangue.

No vídeo acima, podemos ver como, com um campo magnético forte o suficiente e corpos pequenos o suficiente, é possível fazer diversas criaturas levitarem, de sapos e grilos a flores e peixes. A força necessária para isso é um pouco maior do que a usada em ressonâncias magnéticas, não afetando o corpo humano consideravelmente.

Fonte: IFLScience