Tiranossauro Rex deveria ser dividido em três espécies, segundo estudo
Por Nathan Vieira • Editado por Luciana Zaramela |
Na última terça-feira (1), um estudo publicado na revista científica Evolutionary Biology causou controvérsias na comunidade da paleontologia, ao afirmar que o Tiranossauro Rex deveria ser dividido em três espécies diferentes, considerando as diferenças corporais identificadas em fósseis. Os pesquisadores chegaram até a propor nomes para essas outras espécies: T. regina e T. imperator.
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No artigo, a equipe argumenta que os fósseis conhecidos de tiranossauro variam mais do que os ossos de outros grandes dinossauros predadores, principalmente nas dimensões do fêmur ou do osso da perna. Alguns esqueletos têm fêmures mais atarracados e robustos, enquanto outros têm ossos mais estreitos.
Anos atrás, os paleontólogos também notaram que alguns crânios de Tiranossauro tinham pares de incisivos na mandíbula inferior de formatos diferenciados. Essas variações de características podem ser divididas em três grupos. De acordo com o artigo, a espécie em questão mostrou mais variabilidade em suas medidas ósseas do que qualquer outro dinossauro analisado.
Entretanto, especialistas alheios ao estudo afirmam que essa variação pode ter se originado de muitos fatores que não exigiriam novos nomes de espécies, como o próprio amadurecimento. Também é possível a influência direta da alimentação ou dos ecossistemas em que o Tiranossauro Rex vivia.
Vale apontar, ainda, que em 2020, um estudo publicado na Paleontology and Evolutionary Science analisou 1.850 traços esqueléticos individuais de Tiranossauro Rex, e não encontrou evidências de que formas distintas o suficiente para justificar uma divisão de várias espécies.
Fonte: Evolutionary Biology via The New York Times