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Therizinossauro de 90 milhões de anos é encontrado com característica inédita

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Masato Hattori
Masato Hattori

Encontrado na Mongólia, um fóssil de therizinossauro com 90 milhões de anos surpreendeu a paleontologia ao indicar ser de uma espécie nova — sua característica inédita é a de ter apenas dois dedos nas mãos, em vez dos três dedos vistos em todas as outras espécies de therizinossauro conhecidas.

O achado dos restos ocorreu ainda em 2012, quando trabalhadores de uma tubulação trombaram com uma enorme garra fossilizada. O local em questão foi a Formação Bayanshiree, do Período Cretáceo, no Deserto de Gobi. O Instituto de Paleontologia da Mongólia recolheu o fóssil até que, no ano seguinte, o cientista Yoshitsugu Kobayashi, da Universidade de Hokkaido, o encontrou.

Um therizinossauro como nenhum outro

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O número de dedos não era a única característica impressionante do fóssil: ele também trazia a bainha de queratina ainda preservada, não só os ossos das garras, como é comum em outros restos.

Para o estudo dos restos, Kobayashi se juntou aos cientistas Darla Zelenitsky, da Universidade de Calgary, Anthony Fiorillo, do Museu de História Natural e Ciência do Novo México, e Chinzorig Tsogtbaatar, da Universidade da Carolina do Norte.

A nova espécie foi batizada de Duonychus tsogtbaatari e mostrou algumas características únicas nas juntas, ombro, pulso e dedos. As seções do ombro e pulso eram muito rígidas, mostrando que o bicho não usava os braços como os outros terópodes. Essa rigidez indica o uso das garras para puxar galhos de árvores para a alimentação, mesmo sem o terceiro dedo.

Apesar da aparência assustadora, as garras de therizinossauros eram usadas para uma dieta herbívora, já que não tinham força para o uso em combate. É possível que o D. tsogtbaatari fosse especializado em um nicho de plantas, um especialista, mas ainda não há provas científicas para tal. Mesmo assim, os cientistas acreditam que a menor flexibilidade e o dedo a menos era adaptações, não desvantagens.

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Fonte: iScience