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Sistema Métrico faz 150 anos | Saiba história do padrão internacional de medidas

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PickPik/Domínio Público
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150 anos, 17 países unificaram sua maneira de medir objetos com a assinatura da Convenção do Metro, que revolucionou a cooperação científica internacional e foi um marco na padronização técnica. Mesmo mais de um século depois, no entanto, vários países ainda se recusam a adotar o Sistema Métrico, como mais famoso deles sendo os Estados Unidos.

Atualmente, o tratado da Convenção do Metro reúne 67 países membros e 37 países associados, crescendo muito desde sua assinatura, em 20 de maio de 1875. Antes dele, cada país e até mesmo região tinha unidades de medida próprias, grande parte baseada nas medidas do corpo humano, como a distância entre o cotovelo e o dedo médio (cúbito) ou o tamanho dos pés.

A criação do Sistema Métrico

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Apesar da convenção estar fazendo 150 anos, a criação do sistema métrico é, na verdade, anterior, tendo surgido durante a Revolução Francesa (1789). Ele era chamado de sistema métrico decimal (ou seja, 1 metro é igual a 100 centímetros) e foi pensado para facilitar cálculos, com base em racionalidade e ciência, a partir de uma constante natural. A base eram as dimensões da própria Terra.

Cientistas da Academia Francesa de Ciências, com triangulação, estimaram o comprimento total do quadrante do meridiano que passa por Paris (distância do Equador até o Polo Norte) e dividiram esse valor por dez milhões, obtendo o comprimento oficial de 1 metro. Em 1799, dois padrões de platina (pesos e réguas) foram criados para definir o metro e o quilograma, guardados nos Arquivos da República. No Brasil, o sistema métrico decimal foi adotado em 1862.

No Reino Unido, o sistema métrico foi adotado em 1960, mas usos tradicionais das milhas em estradas e pints nos pubs ainda se mantêm. Nos Estados Unidos, o sistema nunca foi adotado. Isso, por vezes, causa problemas, como o caso em que um avião da Air Canada ficou sem combustível devido a erros de conversão, em 1983.

Com o tempo, outras unidades de base também foram surgindo, como o kelvin para temperatura, o ampere para corrente elétrica e o mol para substâncias, todos baseados em cálculos de constantes, não mais baseados em objetos físicos.

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Fonte: The Conversation