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ReTro, o primeiro macaco-rhesus clonado a sobreviver por 2 anos

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Zhang et al, 2024/Nature Communications
Zhang et al, 2024/Nature Communications

Nesta terça-feira (16), pesquisadores chineses publicaram um artigo na Nature Communications revelando o primeiro macaco-rhesus clonado a sobreviver por dois anos. O macaco-rhesus (da espécie Macaca mulatta) ganhou o nome de ReTro, em homenagem a uma das técnicas utilizadas em sua criação.

Os cientistas da Academia Chinesa de Ciências e da Universidade da Academia Chinesa de Ciências conseguiram clonar com sucesso usando a transferência nuclear de células somáticas, a mesma técnica usada para clonar a famosa ovelha Dolly.

Envolve a inserção do núcleo de uma célula somática (qualquer célula que não seja um espermatozoide ou óvulo) em um óvulo que teve seus núcleos despojados. A célula reconstruída pode então ser estimulada para sofrer divisão celular e se desenvolver em um organismo completo que é geneticamente idêntico ao doador do núcleo da célula somática.

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A técnica de clonagem já foi tentada em macacos-rhesus antes – mas acabou falhando. Um estudo realizado em 2022 reivindicou o nascimento de um macaco-rhesus clonado com células somáticas e ele morreu menos de 12 horas após seu nascimento.

A ideia desse estudo recente é compreender melhor os mecanismos das técnicas de clonagem reprodutiva de primatas e refinar esses processos. 

A criação do ReTro ajudou a perceber anormalidades na forma como a informação genética pode ser lida pelo embrião clonado em desenvolvimento e sua placenta.

Clonagem de primatas

Anteriormente, cientistas conseguiram clonar dois macacos de outra espécie (cynomolgus), que foram chamados Zhong Zhong e Hua Hua.

Muito se questiona por que não existem clones humanos, mas a verdade é que essa ainda é uma realidade muito longínqua, e que desperta questões éticas.

Fonte: Nature Communications