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Por que animais lambem as próprias feridas?

Por| Editado por Luciana Zaramela | 11 de Abril de 2022 às 14h30

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nualaimages/envato
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Vez ou outra, quando os animais de estimação estão machucados e são levados ao veterinário, a orientação é que fiquem alguns dias com aquele cone em torno da cabeça, para que não tenham acesso aos ferimentos. Mas por que, exatamente, os animais lambem as próprias feridas?

Estudos apontam que lamber a ferida é uma resposta instintiva que pode aliviar a irritação e a dor e pode até ajudar as lesões a se recuperarem mais rapidamente. Quando os animais sentem dor, a primeira coisa que tentam fazer é acalmar aquela área. Especialistas chegaram a fazer até uma comparação com os humanos: o hábito de esfregar a área depois de um impacto ou levar o dedo até a boca depois de se machucar, por exemplo.

Além da tentativa imediata de acalmar, a saliva de alguns animais possui propriedades antibacterianas e promove o crescimento de tecidos e nervos, acelerando o processo de cicatrização. Um estudo publicado na revista Plos One encontrou várias proteínas imunológicas e de crescimento celular na saliva de cachorro, o que reforça afirmações estabelecidas desde os anos 1990, de que a saliva desse animal é eficaz no combate a bactéria específica chamada Streptococcus canis.

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Outros animais também possuem propriedades benéficas na saliva. A dos roedores, por exemplo, acelera o crescimento da pele e o fechamento de feridas, efeito que também já foi encontrado em pequenas quantidades de saliva humana.

A essa altura, talvez você esteja se perguntando por que os veterinários impedem que os animais tenham acesso às feridas, já que as lambidas têm esse potencial todo. O que acontece é que lamber ferimentos pode causar mais mal do que bem. Se o animal lambe um ferimento cirúrgico, por exemplo, pode danificar as suturas, e aumentar a proporção da lesão.

Além disso, o estudo apontou que os cães são propensos a lambidas excessivas, o que pode impedir a cicatrização de lesões. Especialistas alertam, ainda, que lamber as feridas também pode aumentar o risco de infecção ao introduzir bactérias da boca no local lesionado.

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Fonte: Plos One Archives of Oral Biology, Live Science