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Pessoas da Mesopotâmia sentiam emoções em partes estranhas do corpo

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Levi Meir Clancy/Unsplash
Levi Meir Clancy/Unsplash

As emoções podem ter uma ligação especial com partes do corpo bem específicas, e um novo estudo revela que a população da antiga Mesopotâmia tinha a raiva localizada nas coxas. A informação não veio do nada: é baseada em uma análise e milhares de textos neoassírios do século X ao VII a.C.

O pessoal da região considerada como Berço da Civilização também sentia o amor e a felicidade no fígado, o sofrimento  nas axilas e a excitação sexual n os tornozelos.

Os pesquisadores da Universidade de Helsinque, na Finlândia, criaram um mapa de calor de partes do corpo específicas para 18 sensações emocionais diferentes, desde amor, raiva e inveja até felicidade, orgulho e até mesmo tristeza.

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O estudo menciona que poucas emoções eram exclusivas de qualquer órgão, membro ou zona. O amor podia ser sentido nos joelhos, mas também ressoava no fígado e no coração.

"As emoções estão associadas a sensações corporais subjetivas específicas de emoções. Aqui, utilizamos essa relação e métodos linguísticos computacionais para mapear uma representação de emoções em textos antigos", diz o artigo, publicado na iScience.

Emoções no corpo

Os autores contam que analisaram textos neoassírios de 934 a 612 a.C. para identificar expressões linguísticas relacionadas a emoções e sensações corporais.

"Em seguida, calculamos regularidades estatísticas entre termos de emoção e palavras referentes a partes do corpo e projetamos de volta as relações emoção-parte do corpo resultantes em um modelo corporal, produzindo mapas de sensações corporais para as emoções", escrevem.

A análise permitiu chegar a quatro grupos principais de categorias de emoções corporais:

  • Dois grupos de emoções principalmente positivas
  • Um grande grupo de emoções principalmente negativas
  • Um de empatia
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"Esses resultados revelam o uso histórico da linguagem corporificada pertencente às emoções humanas. Nossa ferramenta orientada por dados pode permitir comparações futuras de padrões de corporificação textual em diferentes idiomas e culturas ao longo do tempo", completam.

Diferenças entre os antigos e os modernos

De acordo com pesquisas anteriores, a raiva é sentida pelos humanos modernos na parte superior do corpo e nas mãos, enquanto os mesopotâmicos se sentiam mais aquecidos, enfurecidos ou bravos na parte inferior. Enquanto isso, o amor é sentido de forma bastante similar pelo homem moderno e neoassírio.

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Fonte: Aalto