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Pequenas ondas magnéticas no núcleo da Terra flutuam a cada 7 anos

Por| Editado por Patricia Gnipper | 25 de Março de 2022 às 14h31

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shooogp/Sketchfab
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O campo magnético ao redor da região equatorial do núcleo terrestre flutua regularmente. Os cientistas descobriram que, a cada sete anos, ele se desloca para o oeste a velocidade de 1.500 km por ano. Estudar essas ondas pode ajudar a entendermos ainda mais como os mecanismos internos da Terra funcionam.

No centro de nosso planeta, há uma camada interna sólida e, acima dela, uma camada externa feita de metal líquido. As diferenças de temperatura e movimento das partículas carregadas nessas camadas criam o campo magnético do planeta. Ele nos protege das tempestades solares.

Esses movimentos são turbulentos e caóticos, levando a mudanças no campo magnético ao longo do tempo. Essas alterações, ou evoluções, ocorrem em escalas de tempo muito longas, mas os cientistas encontraram pequenos movimentos em intervalos muito mais curtos.

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Para isso, Nicolas Gillet, da Universidade Grenoble Alpes, e seus colegas observaram o campo geomagnético da Terra entre 1999 e 2021, por meio de dados de satélites e observatórios no solo. Eles descobriram que o campo magnético ao redor da região equatorial do núcleo sofre flutuações.

As flutuações podem ser pequenas demais, se comparadas às grandes mudanças em escalas de tempo maiores, mas a descoberta pode ser útil para colocar fim a um debate. É que alguns cientistas questionam se haveria uma camada fina de rocha entre o núcleo externo e o manto para explicar a evolução do campo magnético. As novas descobertas sugerem não haver necessidade dessa camada.

Além disso, a equipe cogita que os dados das ondas descobertas podem possibilitar uma observação mais detalhada do campo geomagnético nas profundezas do núcleo, bem como prever a evolução futura do campo. “É fascinante que, ao registrar o campo magnético da Terra usando satélites, possamos imaginar o que está acontecendo a mais de 3.000 metros abaixo de nossos pés”, diz Gillet.

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O estudo foi publicado na Proceedings of the National Academy of Sciences.

Fonte: PNAS; via: NewScientist