Olimpíadas 2024 | Prova dos 100 m raso foi decidida por milésimos de segundo
Por Danielle Cassita |
O norte-americano Noah Lyles conquistou no domingo (4) a medalha de ouro nos 100 metros rasos nos Jogos Olímpicos de 2024. Já o jamaicano Kishane Thompson levou a medalha de prata, enquanto Fred Kerley, também dos Estados Unidos, ficou na 3ª colocação.
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O que mais surpreendeu no resultado foi a diferença de apenas cinco milésimos nas margens alcançadas pelos atletas: Lyles terminou a prova com o tempo de 9s784, e Thompson, de 9s789. Kerley, por sua vez, fez 9s81.
Para comparação, considere que você leva em média 0,1 segundo para piscar o olho. O tempo é curto, mas é 20 vezes maior que o intervalo entre o primeiro e o segundo colocados na prova.
Já os quatro primeiros colocados tiveram diferenças de menos de 0,3 milésimos em seus respectivos tempos. A marca alcançada por Lyles representa um novo recorde para ele próprio, e o torna também o primeiro campeão olímpico norte-americano dos 100 metros desde Justin Gatlin, em 2004.
Nas Olimpíadas de Tóquio, Lyles conseguiu a medalha de bronze nos 200 m e chegou a Paris com três títulos mundiais. Por isso, ele era considerado um dos favoritos para a prova dos 100m.
Cronômetros das Olimpíadas
A vitória de Lyles mostra a importância dos relógios e cronômetros para eventos esportivos; sem eles, seria difícil — ou até impossível — determinar vencedores com tanta precisão. Por isso, estes dispositivos são usados desde os primeiros Jogos Olímpicos, em 1896; isso mudou na década de 1960, quando os primeiros métodos de cronometragem eletrônica surgiram.
Foi em 1916 que a TAG Heuer criou o Micrógrafo, o primeiro cronômetro de esportes com precisão de 1 centésimo de segundo — antes, os melhores instrumentos tinham precisão de apenas ⅕ de segundo.
Hoje, a Omega SA, relojoeira suíça de luxo, é a cronometrista oficial dos Jogos Olímpicos. Tudo começou em 1932, durante os Jogos de Los Angeles, quando foram distribuídos 30 cronômetros Omega para uso em 117 eventos e 14 esportes disputados por mais de 30 países.
Desde então, a empresa continua indo além e já usa o chamado Cronômetro Quântico, que oferece resolução melhorada de um milionésimo de segundo.
“Com um componente de micro cristal no cronômetro, a resolução é 100 vezes maior que a de dispositivos anteriores, e com variação máxima de apenas um segundo em cada 10 milhões, é cinco vezes mais preciso”, explica a Omega.
Fonte: OmegaWatches, NY Times, AP