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O céu (não) é o limite | O que está rolando na ciência e astronomia (04/09/2018)

Por| 04 de Setembro de 2018 às 16h34

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NASA
NASA

Terça-feira, comecinho de setembro, e hoje é dia de quê? Isso mesmo: dia de ciência e astronomia aqui no Canaltech! Semanalmente, a gente faz uma síntese com as principais notícias científicas que rolaram nos últimos sete dias. E aqui vão as notícias escolhidas de hoje:

Olho biônico criado com impressão 3D

Diretamente dos roteiros de ficção científica para a realidade, cientistas conseguiram criar um protótipo do que pode se tornar um verdadeiro olho biônico — e isso usando impressoras 3D.

O objeto esférico conta com uma série de receptores e luz e, quando a tecnologia for aprimorada, ele pode servir como base para um olho artificial capaz de ajudar pessoas cegas a recuperarem a visão, ou, até mesmo, intensificar a visão humana. O experimento teve eficiência de 25% na conversão de luz em eletricidade.

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Imensa barreira de corais é descoberta nos Estados Unidos

Uma costa de cerca de 260 quilômetros de extensão foi descoberta nos EUA abrigando uma imensa barreira de corais. Cientistas desconfiam que essa faixa de corais deve estar crescendo ali há tanto tempo quanto a presença dos humanos modernos no planeta.

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90% da vida terrestre foi dizimada por vulcão há 250 milhões de anos

Quando os dinossauros foram eliminados do planeta, com o impacto de um meteoro há pouco mais de 66 milhões de anos, 75% da vida da Terra foi extinta. Mas, muito antes disso, um outro fenômeno natural acabou por dizimar cerca de 90% da vida por aqui: há 250 milhões de anos, um vulcão entrou em erupção e iniciou o maior evento de extinção em massa da Terra.

O estudo indica que a erupção prejudicou nossa atmosfera, destruindo a camada de ozônio e, sem uma atmosfera capaz de proteger a superfície contra os estragos dos raios solares, a vida rapidamente foi extinguida. Quem sobreviveu foram as poucas espécies capazes de segurar a onda até que a atmosfera do planeta conseguisse se reconstruir. Ou seja: todos os seres vivos que temos hoje são, muito provavelmente, descendentes das espécies sobreviventes daquela época.

Júpiter pode ter mais água do que pensamos

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A missão Galileo, de 1995, mostrou que a atmosfera de Júpiter (ao menos na região explorada) era mais seca do que o previsto. Agora, novos dados mostram que, na verdade, o gigante gasoso tem muito mais água em sua atmosfera do que imaginávamos.

Usando telescópios terrestres, a equipe de pesquisadores detectou assinaturas químicas de água bem abaixo da superfície da Grande Mancha Vermelha, e, segundo um dos cientistas, a água ali pode ter um papel crítico nos padrões climáticos dinâmicos do planeta.

A mais precisa medição da força da gravidade

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Uma equipe de cientistas chineses alega ter feito a medição mais precisa da força da gravidade ao medir o G — a constante gravitacional universal. A nova medição é importante para que se cheguem aos valores mais exatos possíveis, proporcionando cálculos mais acertados sobre o universo.

No final do século XVII, Henry Cavendish mediu primeiro o número G, que é tão pequeno, que se torna muito difícil determinar seu verdadeiro valor. No novo estudo, a equipe usou um par de pêndulos no vácuo com uma configuração diferente para cada teste. As medidas obtidas, então, foram extremamente precisas, mas são diferentes umas das outras e, agora, a equipe ainda vai estudar essa discrepância para, quem sabe, chegar a um valor final que possa ser adotado por toda a comunidade científica.

Buracos negros podem trazer estrelas de volta à vida

A maioria das estrelas, quando morrem, viram anãs brancas, não sendo mais capazes de produzir reações de fusão. Incrivelmente densas, elas emitem uma quantidade muito pequena de luz com o pouco que resta de energia em seu interior. Mas pesquisadores descobriram que uma anã branca pode ter uma chance de voltar à vida, mas somente se tiver um encontro casual com um buraco negro.

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De acordo com a pesquisa, se essas estrelas "zumbis" forem sugadas por um buraco negro de massa intermediária, elas podem voltar à vida temporariamente. A pressão dentro da estrela, ao ser puxada pelo buraco negro, pode ser suficiente para reiniciar a fusão nuclear da anã branca, dando-lhe alguns momentos de vida naquele instante. Já se o buraco negro for do tipo supermassivo, a estrela morta seria "rasgada" em pedaços, enquanto buracos negros menores não seriam capazes de produzir as condições específicas para que a fusão nuclear seja retomada.

A humanidade lamenta a destruição do Museu Nacional, no Rio de Janeiro

No último domingo (2), o Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista (RJ), foi completamente destruído por conta de um incêndio de imensas proporções. O fogo, que começou no final da tarde de domingo, foi controlado somente na madrugada de segunda-feira (3), com pequenos focos continuando a queimar na instituição de 200 anos de idade.

A maior parte do acervo (cerca de 20 milhões de itens) foi destruída, entre fósseis, múmias, obras de arte, móveis, registros históricos e espécimes de animais. O local, além de expor essas preciosidades para visitação, também era um museu de pesquisa, sendo lar das atividades de acadêmicos e cientistas.

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Os trabalhos de perícia ainda estão sendo feitos, então é cedo para saber o que pode ter sobrevivido à tragédia. Cofres ali existiam abrigando, especialmente, artefatos arqueológicos, como o crânio de "Luzia" — o mais antigo fóssil humano já encontrado na América —, e esses podem ser alguns dos poucos itens a serem salvos.

Nesta terça-feira (4), bombeiros encontraram um crânio nos escombros, e há a esperança de que este crânio seja o de Luzia. No entanto, outros crânios eram armazenados no local, que abrigava o maior acervo de história natural da América Latina.