Novas espécies marinhas bizarras são encontradas no fundo do mar, na Austrália
Por Lillian Sibila Dala Costa • Editado por Luciana Zaramela |
Biólogos marinhos mapearam, pela primeira vez, o fundo do mar na costa oeste da Austrália em dois parques marinhos — áreas do mar protegidas e administradas pelo governo do país — e descobriram uma série de espécies curiosas de criaturas das profundezas, desde peixes muito raros a possíveis animais nunca antes descritos pela ciência.
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O mar foi vasculhado em profundidades que iam de 50 a 5.500 metros, trazendo inúmeras espécies para estudo. Tim O'Hara, curador sênior de invertebrados marinhos dos Museus Victoria, relata que a equipe está animada pela chance de descobrir novos galhos da árvore da vida com o estudo das criaturas recolhidas. Por enquanto, elas ainda estão sendo analisadas, mas já temos um vislumbre da característica, digamos, diferenciada dos bizarros seres vivos das profundezas.
Abadejo translúcido
Um dos candidatos a novidade científica é uma espécie de abadejo translúcido, um peixe transparente que parece um fantasma de gelatina das profundezas. Segundo a descrição dos especialistas do museu, o bicho ostenta uma pele extremamente solta, flácida e gelatinosa. Abadejos são incrivelmente raros, e esta possível nova espécie, mais ainda. Você pode vê-lo acima.
Peixe-morcego
O próximo animal curioso é um tipo diferenciado de Ogcocephalidae, ou peixe-morcego, cuja pele lembra muito um capeletti de carne crua — o que parece pouco convidativo até olhar para o rosto da criatura, que lembra um personagem de desenho infantil assustado. Eles levam o nome do mamífero alado pois suas nadadeiras peitorais parecem asas, mas são usadas para andar pelo fundo do mar.
Peixe-tripé-aranha e côngrio
Em seguida, foi notado um tipo de peixe-tripé, que usa barbatanas parecidas com pernas de pau para se manter imóvel no fundo do mar, quando não está muito a fim de nadar. A espécie encontrada na Austrália foi apelidada, por agora, de peixe-tripé-aranha. Por fim, uma outra espécie curiosa figurou na pesquisa: um tipo diferente de abadejo chamado côngrio (Acanthonus armatus), mais um raríssimo peixe marinho dando as caras por ali.
Num comunicado, o CEO da Museums Victoria, Lynley Crosswell, comentou que os resultados da viagem ao fundo do mar serão inestimáveis para o entendimento dos ambientes do fundo do mar australiano, bem como os impactos que as atividades humanas estão gerando nesses locais — não é só de fotos curiosas que se faz a ciência, afinal de contas.
Fonte: Museums Victoria