Nobel de Física vai para trio que usou luz para ver elétrons se movendo
Por Danielle Cassita • Editado por Patricia Gnipper |
Os ganhadores do Prêmio Nobel de Física de 2023 são os cientistas Pierre Agostini, Ferenc Krausz e Anne L'Huillie, anunciados nesta terça-feira (3) pela Academia Real das Ciências da Suécia. Eles foram escolhidos por terem criado pulsos breves de luz, capazes de capturar processos dentro dos átomos e moléculas.
L'Huillier é professora na Universidade Luden, na Suécia, sendo a quinta mulher a ganhar um prêmio Nobel de física. Já Pierre Agostini leciona na Universidade de Ohio, nos Estados Unidos, enquanto Ferenc Kraus é professor no Instituto Max Planck de Óptica Quântica, na Alemanha. Eles vão receber 11 milhões de coroas suecas (o equivalente a R$ 5.058.959).
Os pulsos de luz demonstrados pela equipe são tão breves que são medidos em attossegundos, a quintilionésima parte de um segundo. Para entender melhor, considere o seguinte: um attossegundo está para um segundo assim como um segundo está para a idade do universo, de 13,8 bilhões de anos.
A equipe mostrou que estes pulsos luminosos, que são como um obturador de câmera extremamente rápido, podem ser usados para estudar o comportamento dos elétrons. Os elétrons são partículas presentes dentro dos átomos, conhecidos por se moverem em bilionésimos de segundos — a velocidade é tanta que, até então, os microscópicos mais avançados registravam os elétrons como borrões.
Agora, com a chamada física dos attossegundos, os cientistas podem investigar o que acontece no interior dos átomos e das moléculas com maior precisão. Desta forma, podem ser criados microscópicos mais avançados, dispositivos eletrônicos que funcionam mais rapidamente e doenças podem ser diagnosticadas com maior antecedência.
Fonte: Nobel Prize