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Meteoro com brilho esverdeado é visto em quatro estados do nordeste

Por| Editado por Patricia Gnipper | 25 de Maio de 2021 às 10h30

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Marcelo Zurita/BRAMON/Clima ao Vivo
Marcelo Zurita/BRAMON/Clima ao Vivo

Por volta das 18h59 (horário de Brasília) do último dia 22 de maio, mais um meteoro cruzou o céu do nordeste e foi visto em quatro estados, incluindo Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Ceará. O fenômeno, que ocorreu próximo à costa, chamou a atenção com seu grande tamanho e também seu brilho esverdeado.

Objetos espaciais atingem a atmosfera da Terra o tempo todo e boa parte desses fragmentos são tão pequenos que se queimam por completo durante a entrada. No entanto, quando esses pedaços de rocha são grandes, eles levam mais tempo para se queimar e explodem antes de apagar — estes meteoros são chamados de bólidos. Se algum pedaço resistir a essa queima e alcançar o solo, surge, então, o meteorito. Vale lembrar que, no último dia 19 de maio, uma bola de fogo cruzou o céu diurno da Bahia e, além de seu brilho, foi acompanhado de um forte estrondo.

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A Rede Brasileira de Observação de Meteoros (BRAMON) recebeu os primeiros relatos do fenômeno da Paraíba, todos eles alegando o avistamento de uma grande bola de fogo esverdeada cruzando o céu na direção nordeste. A confirmação foi possível graças ao registro das câmeras da rede instaladas em João Pessoa e do Clima ao Vivo.

Ao analisar os vídeos a partir de diversos pontos de observação, a BRAMON estimou a trajetória do bólido durante sua entrada na atmosfera. Segundo a rede, o meteoro surgiu a 99,2 km acima do Oceano Atlântico e a 110 km de distância da costa leste do Rio Grande do Norte. Então, ele seguiu brilhando na direção noroeste, quando sumiu a 36 km acima do mar e a 53 km de Natal. Em apenas cinco segundos, a bola de fogo percorreu uma distância estimada de 36,3 km a uma velocidade média de 64.000 km/h.

Os especialistas da BRAMON ainda consideram a possibilidade de um meteorito ter atingido o mar. Com base na luminosidade e na velocidade do bólido, estima-se que a rocha possuía entre 20 a 60 kg — e cerca de 5 kg, no máximo, podem ter resistido à queima atmosférica. Se realmente sobrou alguma parte do objeto, agora o meteorito se encontra no fundo do Oceano Atlântico.

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Confira, abaixo, as imagens obtidas pelas câmeras da BRAMON e do Clima ao Vivo:

Fonte: BRAMON