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Mamutes foram extintos devido aquecimento do planeta, revela novo estudo

Por| Editado por Luciana Zaramela | 22 de Outubro de 2021 às 11h50

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ReinOldSchool/Pixabay
ReinOldSchool/Pixabay

Não é novidade que o aquecimento do planeta se deve, principalmente, pela ação humana ao longo das últimas décadas, resultando no desaparecimento de espécies de animais e plantas. Agora, um novo estudo sugere que nós também fomos responsáveis pela extinção do mamute-lanoso.

Pesquisadores de diferentes países passaram os últimos 10 anos investigando resquícios de urina, fezes e células de pele de mamute encontrados no solo, com o intuito de descobrir o que provocou a extinção da espécie. Yucheng Wang, geogeneticista da Universidade de Cambridge e autor principal do estudo, conta que a Idade do Gelo mais recente chegou ao fim há cerca de 12 mil anos, quando as geleiras começaram a derreter, provocando também a redução do alcance dos rebanhos de mamute. 

O pesquisador conta que a distribuição populacional do animal ficou a cada vez menor, assim como a diversidade genética, tornando a sobrevivência ainda mais complicada. A espécie de mamute, parente dos elefantes atuais, era bastante carismática e não pode ser confundida com o mastodonte contemporâneo, como pontuam os cientistas.

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O que, exatamente, provocou a extinção?

A teoria para a extinção dos mamutes, desde a década de 1960, era que a megafauna do Pleistoceno havia sido morta por caçadores humanos. Além de mamutes, eles teriam caçado, preguiças-gigantes e felinos dente-de-sabre. A outra teoria, portanto, culpa as mudanças climáticas, uma vez que um planeta mais úmido teria alterado a quantidade de alimento disponível para esses grandes mamíferos.

A nova pesquisa analisou o DNA ambiental de mais de 500 amostras de sedimentos de lagos congelados dos últimos 50 mil anos, comparando os dados genéticos obtidos com cerca de 1.500 genomas de plantas modernas sequenciadas pela primeira vez. A conclusão do estudo é que a vegetação desapareceu na mesma época da extinção dos mamutes.

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Eske Willerslev, geogeneticista de Cambrigde e co-autor do estudo, conta que a mudança aconteceu de forma tão rápida que os animais não tiveram tempo para se adaptar e evoluir para conseguir sobreviver. "Esta é uma lição dura da história e mostra como imprevisível pode ser a mudança climática. Uma vez em que algo é perdido, não há como voltar atrás", explica.

A análise do material também descobriu que os mamutes duraram mais tempo em algumas áreas do que as evidências fósseis mostravam, como no Alasca e na Eurásia Continental. O mesmo vale para os rinocerontes lanosos, cavalos do Pleistoceno e bisões, que ainda sobreviveram por um breve período diante das alterações climáticas.

O estudo foi publicado na Nature

Fonte: Gizmodo