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Mamíferos machos nem sempre são maiores que as fêmeas

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Diana Parkhouse/Unsplash
Diana Parkhouse/Unsplash

Os mamíferos machos não são sempre maiores que as fêmeas, na maioria dos casos. Quem diz isso é uma equipe de cientistas da Princeton University (EUA), por meio de um artigo publicado na Nature Communications na última terça (12). 

A descoberta chega para contrariar uma concepção levantada por Charles Darwin, de que o dimorfismo sexual (os sexos diferem em tamanho e  os machos de uma espécie são maiores) aplica-se à maioria das espécies.

Para o novo estudo, a equipe fez uma comparação das massas corporais de machos e fêmeas de 429 espécies de animais. Com base nessa análise, foi possível chegar à conclusão de que os machos não são maiores que as fêmeas, na maioria dos casos.

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Machos e fêmeas do mesmo tamanho

O estudo também chama atenção para espécies em que ambos os sexos são do mesmo tamanho, como:

  • Lêmures
  • Toupeiras
  • Cavalos
  • Zebras
  • Tenreques 

A teoria dos pesquisadores é que a responsabilidade por essa concepção de que machos costumam ser maiores é que os estudos costumam contemplar espécies como primatas e focas, que têm machos de corpo maior (e ainda competem entre si por parceiras).

Fêmeas maiores que os machos

O novo estudo afirmou que a maioria dos mamíferos é constituída por roedores e morcegos, e quase metade dos morcegos tem fêmeas maiores. É o caso, por exemplo, do morcego-nariz-de-tubo (Nyctimene sanctacrucis), em que a fêmea é 40% maior que o macho.

"Algumas hipóteses sugerem que para as fêmeas de morcegos, é melhor que sejam maiores para que possam voar carregando fetos e filhotes com mais facilidade. Outras teorias dizem que para os machos que competirem por parceiras, a agilidade é mais importante na luta do que o tamanho”, estimam os pesquisadores.

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Diferenças entre machos e fêmeas

É científico: há uma diferença genética entre machos e fêmeas, conforme podemos observar em um estudo da revista Science, por exemplo. Os cientistas afirmam que a maior parte das diferenças na expressão genética se desenvolvem apenas na puberdade.

Mas no reino animal, a questão envolvendo o sexo ainda é objeto de análise. A natureza é tão intrigante que existem até mesmo espécies que mudam de sexo ao longo da vida, para se ter uma noção.

Mas o time de especialistas percebe que mais pesquisas sobre a biologia feminina entre espécies são necessárias para criar uma visão mais realista do tamanho dos animais e da seleção do sexo. Novas descobertas devem surgir, à medida que chegam dados mais robustos sobre o tamanho do corpo dos mamíferos machos e fêmeas.

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Fonte: Nature Communications