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Fóssil de 1 bilhão de anos traz revelações sobre a evolução animal

Por| Editado por Claudio Yuge | 29 de Abril de 2021 às 20h40

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Paul Strother/Universidade de Sheffield
Paul Strother/Universidade de Sheffield

Pesquisadores das Universidade de Sheffield, da Inglaterra, e do Boston College, dos Estados Unidos, encontraram um microfóssil de um bilhão de anos que pode trazer respostas sobre a evolução dos animais. O material foi encontrado em Loch Torridon, que fica localizada no noroeste da Escócia, foi batizado de Bicellum Brasieri e conta com dois tipos de células bem distintas. O fóssil, segundo os cientistas, pode ter sido do animal multicelular mais antigo já descoberto até então.

Charles Wellman, investigador de Sheffield e líder do estudo, conta que a descoberta traz uma nova luz sobre os dois eventos mais importantes da história da vida no planeta: a origem da multicelularidade complexa e a dos animais. "Encontramos um organismo esférico primitivo feito de um arranjo de dois tipos de célula, sendo o primeiro passo em direção a uma estrutura multicelular complexa, o que nunca antes foi descrito em registros fósseis", comemora.

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Wellman diz ainda que a descoberta do novo fóssil sugere que a evolução dos animais multicelulares aconteceu há um bilhão de anos, pelo menos, e que os eventos que antecederam a evolução dos animais pode ter ocorrido em água doce e lagos em vez de oceanos. A descoberta, que está incrivelmente bem preservada, também traz um novo olhar para a transição de organismos unicelulares para multicelulares, que são ainda mais complexos.

Paul Strother, investigador do Boston College, conta que o que é visto no Bicellum Brasieri é um exemplo de que a origem dos animais inclui "a incorporação e o reaproveitamento de genes antigos que haviam evoluído anteriormente em organismos unicelulares". Agora, o próximo passo da equipe é examinar a região de Loch Torridon para, quem sabe, encontrar novos fósseis que possam trazer ainda mais informações sobre como funciona a evolução de organismos com múltiplas células.

Fonte: Telegraph