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Estudo compara videogame, TV e redes sociais e revela efeitos no QI das crianças

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Jogar videogame faz bem ou mal para o cérebro? A resposta complexa é trazida pela ciência ao longo dos anos. Um estudo publicado na revista Scientific Reports revela, por exemplo, que o videogame pode ter um impacto positivo no QI das crianças: jogar cerca de 1 hora por dia pode representar um aumento de 2,5 pontos de QI acima do esperado. Em contraste, o tempo gasto assistindo TV ou navegando em redes sociais (atividade comum por cerca de 3 horas diárias) não traz efeito significativo, positivo ou negativo, no QI.

Os pesquisadores enfatizam que o estudo não provou causalidade direta, mas sugere uma associação importante entre videogames e o desenvolvimento cognitivo. Um dos diferenciais dessa pesquisa é que ela levou em consideração fatores genéticos e socioeconômicos, aspectos frequentemente ignorados em estudos semelhantes. Segundo os autores, isso ajuda a esclarecer as divergências existentes sobre os impactos do tempo de tela em crianças.

O neurocientista Torkel Klingberg, da Karolinska Institute, na Suécia, que assina o estudo, afirma que os resultados apoiam a ideia de que o tempo de tela, especialmente com jogos, não prejudica as habilidades cognitivas e pode até impulsioná-las.

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"A mídia digital define a infância moderna, mas seus efeitos cognitivos não são claros e são muito debatidos", afirma Klingberg.

Videogame não faz mal para o cérebro

Enquanto isso, um estudo publicado no Journal of Media Psychology também aponta justamente que o videogame não causa danos cognitivos a crianças pequenas. Só que alguns jogos descritos cuja promessa é ajudar as crianças a desenvolver habilidades cognitivas saudáveis ​​também não apresentaram efeitos. Ou seja, não cumpriram o que prometeram.

Em paralelo, um estudo de Oxford publicado na revista Royal Society Open Science reforça que jogar videogame não afeta o bem-estar, então não é considerado tão prejudicial quanto se imaginava.

Além disso, jogar videogame melhora tomada de decisões, tempo de reação e funções cerebrais, de acordo com um estudo da Neuroimage: Reports. Isso porque os jogos envolvem percepção e reação a uma grande série de estímulos, requerendo tomadas de decisão rápidas para a solução de problemas, o que pode explicar as habilidades mais apuradas dos jogadores.

Mas atenção: isso não quer dizer que os videogames são totalmente inofensivos, já que os próprios cientistas envolvidos nesses estudos alertam que o tempo de jogo afastou os jogadores ​​de outras atividades mais produtivas, como fazer o próprio dever de casa.

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Fonte: Scientific Reports, Karolinska Instituet