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Crânio encontrado na África Sul era de criança que viveu há 250 mil anos

Por| Editado por Luciana Zaramela | 06 de Novembro de 2021 às 12h00

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University of the Witwatersrand
University of the Witwatersrand

Pesquisadores acabam de anunciar uma descoberta histórica em uma caverna da África do Sul: os ossos de uma criança que pode ter vivido há cerca de 250 mil anos. Com base nos 28 fragmentos de crânio e seis dentes, o grupo acredita que o indivíduo tinha entre 4 e 6 anos no momento da morte.

O crânio foi encontrado sozinho, então não há qualquer outro vestígio do corpo da criança. De acordo com Juliet Brophy, principal autora do estudo, é o primeiro crânio parcial de uma criança Homo naledi já recuperado, o que deixa o entendimento dos estágios de vida das espécies mais amplo.

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Ainda não se sabe se a criança, apelidada de Leti, era do sexo feminino ou masculino. Leti é uma abreviação de letimela que, na língua tswana, significa "o perdido". A descoberta da espécie Homo naledi aconteceu em 2015, e o crânio foi encontrado ainda em 2017, em uma passagem remota do sistema de cavernas Rising Star, localizado no Cradle of Humankind, patrimônio mundial da UNESCO em Gauteng.

Os pesquisadores também não sabem dizer qual foi a causa de morte da criança, mas acreditam que o crânio tenha sido colocado no local de propósito por ser uma passagem bastante estreita, com 15 centímetros de largura e 80 centímetros de comprimento. Um dos próximos objetivos é descobrir se o sistema de cavernas era um cemitério para os Homo naledi. Se confirmado, a ideia de que apenas os humanos modernos enterravam seus mortos é anulada. Além de Leti, já foram encontrados os restos mortais de outro Homo naledi na câmara, mas de um adulto batizado de Neo.

Lee Berger, líder do estudo, diz que o Homo naledi continua sendo um dos parentes dos humanos antigos mais enigmáticos já descobertos. "É claramente uma espécie primitiva, existindo em uma época em que pensávamos que apenas os humanos modernos existiam na África", diz o pesquisador, afirmando que a descoberta também torna os entendimentos de culturas e práticas mais complexos.

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Desde a descoberta do primeiro Homo naledi, em 2013, quase dois mil fragmentos de mais de duas dúzias de indivíduos foram encontrados, em diferentes estágios da vida. Até o momento, a espécie de hominídeo é uma das mais antigas já conhecidas.

O estudo foi publicado na revista científica PaleoAnthropology.

Fonte: CNN