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Cachorros conseguem perceber diferença entre idiomas, diz estudo

Por| Editado por Luciana Zaramela | 14 de Janeiro de 2022 às 13h30

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De acordo com um novo estudo realizado na Hungria, cães são capazes de distinguir palavras entre o idioma que conhecem e outro totalmente novo. Para chegar à resposta, um estudo usou a clássica história do Pequeno Príncipe com um grupo de 18 cachorros.

Os animais ouviram a história em húngaro e em espanhol, enquanto seus cérebros eram analisados para verificar cada reação. A pesquisa foi comandada por Laura V. Cuaya, da Universidade Eötvös Loránd, em Budapeste, para onde se mudou do México com o seu cão chamado Kun-kun.

Cuaya conta que a ideia do estudo surgiu quando ela se perguntou se Kun-kun conseguiria notar que, em Budapeste, as pessoas falavam um idioma diferente — no caso, o húngaro. Então, pela primeira vez, foi descoberto que um cérebro não-humano também é capaz de distinguir diferentes línguas.

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Metodologia

Raul Hernandez-Perez, co-autor do estudo, explica que, na convivência com humanos, os cães desenvolvem padrões auditivos à língua à qual estão expostos. Nos testes, portanto, Kun-kun e os outros cães foram treinados para ficarem deitados e imóveis enquanto passavam por um scanner cerebral.

Antes do teste, eles ouviram apenas um dos dois idiomas de seus donos, para assim ser possível avaliar as diferenças que uma língua familiar e outra diferente causavam no cérebro.

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Reação

Além de ouvir trechos da história tanto em húngaro quanto em espanhol, os cientistas também embaralharam as versões para a detecção das falas pelos cães. Então, analisando as respostas cerebrais, eles descobriram padrões de atividade distintos no córtex auditivo primário do cérebro dos cães, mostrando que eles podem distinguir a fala e a não fala.

Ainda de acordo com o resultado da pesquisa, no córtex auditivo secundário, responsável por analisar sons complexos, os cérebros produziram padrões de atividade diferentes ao ouvir o idioma familiar e o desconhecido. Além disso, eles descobriram também que quanto mais velhos os cachorros, melhor o cérebro consegue fazer a distinção.

Fonte: Reuters