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Arqueólogo navega em réplica de barco viking por três anos e refaz rotas reais

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Universidade de Lund
Universidade de Lund

O arqueólogo Greer Jarrett, doutorando da Universidade de Lund, na Suécia, juntou uma equipe e navegou com uma réplica de um barco viking por 5.000 km ao longo da Escandinávia, imitando a experiência que os nórdicos de mais de mil anos atrás tiveram ao explorar os mares do norte europeu.

Os relatos de Jarrett e de sua tripulação revelam que a embarcação, do modelo faering (um tipo de veleiro a remo muito similar aos dos vikings), navega melhor em mar aberto, sugerindo que as rotas marítimas antigas levaram os vikings mais longe da terra do que se pensava.

Muitas vezes, só se conhecem os pontos de partida e chegada dos pontos de comércio medievais, como Jarrett afirmou em um comunicado. O pesquisador acredita que uma rede de portos localizados em pequenas ilhas e penínsulas teria sido central para a eficiência do comércio na época, o que o levou à viagem de ida e volta por três anos saindo de Trondheim, no centro da Noruega, até o Círculo Polar Ártico.

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A viagem viking moderna

Além de navegar, Jarrett e sua equipe entrevistaram marinheiros e pescadores noruegueses para saber mais sobre rotas marítimas históricas, usando as informações e a própria experiência para reconstruir as possíveis rotas vikings do passado. Navegar em mar aberto e em condições difíceis não foi tão desafiador no veleiro, bem adaptado para isso, mas passar perto da terra e dos fiordes, sim.

A pesquisa revelou quatro portos (ou refúgios) novos em pequenas ilhas e promontórios (colinas), sugerindo que os vikings dependiam de locais facilmente acessíveis e protegidos para suas navegações. Anteriormente, especialistas conheciam apenas grandes portos como Dublin, na Irlanda, e Ribe, na Dinamarca. O povo usava, ao invés das ainda não inventadas bússolas, mapas mentais, trocando informações em pontos de encontro ao longo do caminho.

Os achados foram publicados na revista científica Journal of Archaeological Method and Theory no último dia 8 de maio, mas Jarrett ainda planeja fazer escavações para buscar evidências arqueológicas que provem o uso dos portos visitados por ele, como pedras de lastro, fogueiras e abrigos.

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Fonte: Universidade de Lund, Journal of Arcaheological Method and Theory

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