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A força da gravidade continua moldando a superfície da Terra, mostra estudo

Por| Editado por Patricia Gnipper | 17 de Outubro de 2022 às 12h43

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Imagem: ICGEM/Wikimedia Commons
Imagem: ICGEM/Wikimedia Commons

A Terra ainda está se transformando. Um novo estudo indica que a força da gravidade continua moldando o globo, com efeitos sutis em estruturas da crosta terrestre. Nosso planeta, assim como os demais do Sistema Solar, se formou a partir do acúmulo de matéria pela força gravitacional — poeiras e rochas no espaço foram se juntando pela atração da gravidade e lentamente deram origem à esfera mineral que habitamos.

Que a gravidade atua sem pausa é óbvio, afinal, não estamos flutuando. Mas o que é mais difícil de se imaginar é que a própria superfície do planeta ainda esteja em mudança por conta da mesma força que o formou. Um estudo publicado na revista Nature Communications mostra que isso está acontecendo, gerando, por exemplo, o aparecimento de rochas que estavam até a 24 quilômetros abaixo da superfície anteriormente.

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Esse tipo de estrutura é chamada de complexos de núcleos metamórficos. Diversos estudos já tentaram explicar seu surgimento, mas os mecanismos exatos que os geram ainda são um mistério. Este estudo, porém, identificou processos geológicos que podem ser a chave para entendê-los.

A pesquisa foi feita em núcleos metamórficos no sudoeste norte-americano, nos estados do Arizona e Nevada. Os núcleos observados nestas regiões parecem ser resultado de cordilheiras de montanhas que colapsaram e que agora ressurgem sutilmente na superfície.

A equipe de pesquisadores usou modelos computacionais para investigar como a paisagem deste local poderia ter se transformado. Eles identificaram como principal fator de mudança a variação na largura da raiz da crosta terrestre, ou seja, a porção mais profunda das rochas que se infiltra no magma. Esse movimento é influenciado pela gravidade, que “puxa” ou “empurra” as rochas para dentro ou fora do manto.

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Estes resultados podem mudar a forma com que vemos a evolução geológica do planeta. A expectativa dos cientistas é que, além disso, eles possam embasar outros estudos para prever como a Terra vai se transformar no futuro.

Fonte: Nature Communications Via: Science Alert