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AiMe: o robô da TCL que não faz faxina, mas é sua Alexa com rodas

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Léo Müller/Canaltech
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Las Vegas, EUA — Ainda vai demorar para você ter um robô que consiga lavar, passar e fazer faxina, mas enquanto a tecnologia ainda não chega lá, você pode ter um robozinho como a AiMe, que te segue pela casa e funciona como um assistente digital com IA.

Esse conceito que a TCL mostrou na CES 2025 quer tornar esses assistentes robóticos menos intimidadores para que as pessoas não tenham medo deles e possam se sentir confortáveis em tê-los circulando sozinhos pela casa.

Por isso, a AiMe tem esse design fofinho, com cara de filhote, que pode facilmente ser encarado por uma criança como um brinquedo ou "amigo digital". Inclusive, a apresentação do robozinho foi feita mostrando uma família interagindo de forma bastante afetiva com o produto.

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"Uma das expectativas dos consumidores é que ele realize tarefas domésticas. No entanto, o problema atual da IA é que os algoritmos ainda têm dificuldades para realizar muitas tarefas práticas. Por exemplo, dobrar roupas ou organizar a casa parece simples para humanos, mas é extremamente complexo para a IA”, disse ao Canaltech Daniel Sun, líder de tecnologia para IA na TCL.

Para não botar medo em ninguém

Robôs com IA não são exatamente novidade, e a Boston Dynamics vem mostrando o que o seu cachorro robótico consegue fazer já há alguns anos. Eles também têm um humanoide chamado Atlas que já é bem versátil, mas será que alguém gostaria ou teria coragem de ter algo desse tipo em casa, perto dos seus pets e crianças?

"Mesmo robôs em formato de cachorro ainda são feitos de metal e podem parecer assustadores. Por exemplo, uma consumidora na China nos disse que comprou um desses cães robóticos grandes, mas ele fazia barulho, era pesado e até assustou seu filho pequeno. Por isso, percebemos que esse tipo de robô talvez seja mais adequado para fábricas, enquanto que, em casa, as pessoas preferem algo fofo e que não pareça ameaçador”, comentou Sun.

Por enquanto, a AiMe ainda é um conceito, ou seja, a TCL não começará a vendê-la tão cedo. Contudo, a empresa chinesa criou vários designs diferentes para o robô que tornariam um eventual produto bastante personalizável. Há também vários casos de uso, mas o mais conveniente, até o momento, é fazer da AiMe uma "Alexa com rodas", que pode controlar a sua casa inteligente com comandos de voz.

O objetivo da marca, entretanto, é fazer com que ela possa interagir com os humanos de forma mais natural do que vemos a assistente da Amazon fazer. O modelo de linguagem que a AiMe carrega dentro de si é multimodal e pode compreender o mundo à sua volta em forma de sons, imagens, voz e texto.

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Ela poderia perceber que alguém abriu a porta da frente e ir correndo até lá para dar boas-vindas a você. Ou melhor ainda, perceber que alguém quebrou uma janela e está prestes a entrar na sua casa e mandar um alerta.

"A AiMe pode ser útil em tarefas de segurança doméstica, como uma câmera de vigilância móvel que pode circular por diferentes cômodos. Ela também pode ajudar em situações práticas, como encontrar chaves perdidas ou capturar momentos especiais com crianças usando sua câmera com inteligência contextual."

O que Sun quer dizer com isso é que ela poderia identificar momentos especiais ao passo que eles acontecem e registrar com vídeos ou fotos e, ao longo do tempo, ir mostrando essas memórias cândidas na sua TV.

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No fim das contas, parece que a IA que temos hoje para robôs não está indo no caminho que os filmes de ficção científica previam — pelo menos não até agora —, e os robôs que você poderá ter em casa não são nada como aqueles pensados por Isaac Asimov (Eu Robô, Cavernas de Aço e Homem Bicentenário).

Robôs como o AiMe podem interagir e conversar com você, criando experiências mais humanas e úteis, mesmo que ainda não realizem todas as tarefas domésticas.

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*O jornalista Léo Müller viajou a Las Vegas para cobertura da CES à convite da TCL