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Você já viu um Bugatti Chiron em um dinamômetro? É impressionante

Por| Editado por Jones Oliveira | 20 de Maio de 2022 às 10h30

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Reprodução/Carscoops
Reprodução/Carscoops

Se você assistiu ao vídeo que mostra um Bugatti Chiron alcançar a velocidade de 414 km/h em uma rodovia alemã e ficou impressionado, saiba que o supercarro é capaz de muito mais. Foi isso que ficou provado em um teste realizado em um dinamômetro, maquinário utilizado pelas montadoras para definir a força-peso do motor do carro e quantas rotações são feitas por minuto.

O pessoal do Carscoops conversou com os engenheiros da Bugatti sobre os testes que a marca faz com o Chiron em seu dinamômetro. O equipamento da marca, aliás, é diferente do utilizado por outras montadoras. Enquanto a maioria delas utiliza um modelo em que cada eixo recebe seu próprio rolo, o dinamômetro da Bugatti tem apenas um, para o qual todas as quatro rodas enviam sua força. Segundo a marca, isso reduz o deslizamento das rodas, a flexão e a perda de desempenho.

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“No dinamômetro de rolo único de todas as rodas, todos os componentes podem ser testados em condições reais de condução de forma neutra e compreensível. São simulados de níveis de resistência de condução idênticos aos da estrada”, explicou Michael Gericke, desenvolvedor de motores da Bugatti.

O engenheiro da Bugatti explicou ainda que a configuração escolhida faz a máquina ter leituras precisas do motor W16 de 8 litros que equipa o superesportivo francês. “Com menos deslizamento e perda, os pneus aquecem menos, permitindo que velocidades mais altas sejam testadas”, pontuou.

Como é o teste no dinamômetro da Bugatti?

O dinamômetro utilizado pela Bugatti para levar o carro praticamente ao limite é um maquinário que pesa cerca de 3,5 mil toneladas. Ele usa a força de 720 quilos para girar as rodas e tem uma potência de frenagem aproximada de 1.609 cavalos.

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Após ser colocado no dinamômetro, o Chiron é fixado com 20 parafusos de alta resistência na carroceria para evitar possíveis acidentes e tornar o processo seguro. Eles são presos a uma placa que é amarrada a outras com fortes correntes cruzadas e ancorada ao chão do salão. As correntes devem suportar até 24 toneladas de força para manter o carro em contato com o dinamômetro o tempo todo.

Feito isso, o Bugatti é testado ao limite, podendo atingir até 480 km/h de velocidade, 40 km/h a mais do que sua velocidade “permitida” nas ruas, já que ela é limitada eletronicamente de fábrica. Para dar uma ideia do quanto isso é impressionante, a marca informou que, ao atingir 420 km/h, os pneus do Chiron giram mais de 50 vezes por segundo, o que pode exercer uma força de cerca de 4.000G sobre eles. Nessas velocidades, a válvula de ar pesa até 55 quilos.

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A Bugatti informou ainda que há um túnel de vento capaz de mover até 300 mil metros cúbicos de ar por hora, a fim de simular ventos e mudanças de temperatura que o carro pode enfrentar nas ruas e, assim, testar componentes complexos, como os dutos e sistemas de refrigeração.

Michael Gericke assegurou que a Bugatti está preparada para reproduzir os testes em qualquer época do ano, independentemente das condições climáticas, sempre em busca da “perfeição técnica”. Afinal, é após passar pelo dinamômetro que o Chiron provará, de fato, que pode entregar aos donos seus 1.596 cavalos de potência e 163,1 kgfm de torque.

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Fonte: Carscoops