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Tesla terá de responder por "centenas" de acusações de racismo nos EUA

Por  • Editado por Jones Oliveira | 

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JD Lasica / Wikimedia
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Depois de passar por várias batalhas nos tribunais dos Estados Unidos em 2021 e escapar ilesa no primeiro mês de 2022, finalmente aconteceu: a Tesla está enfrentando um novo processo, mais uma vez sendo acusada de racismo.

Segundo informações da CNN, uma agência de Direitos Civis com sede na Califórnia impetrou uma ação na Justiça contra a empresa de Elon Musk. A alegação é que a fábrica em Fremont é um ambiente recheado de atitudes racistas.

Kevin Kish, diretor do Departamento de Emprego Justo e Habitação da Califórnia, afirmou que a agência de Direitos Civis recebeu não apenas uma ou duas, mas centenas de acusações de racismo e assédio contra funcionários da Tesla:

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“Encontramos evidências de que a fábrica de Fremont da Tesla é um local de trabalho racialmente segregado, onde trabalhadores negros são submetidos a insultos raciais e discriminados em atribuições de trabalho, disciplina, remuneração e promoção, criando um ambiente de trabalho hostil”.

As novas acusações incluem relatos sobre insultos raciais contra funcionários negros, cartazes ofensivos pendurados dentro dos banheiros da fábrica e até mesmo ameaças veladas contra a integridade física, como desenhos de pessoas penduradas em forcas.

Histórico pesa contra a Tesla

A Tesla se defendeu em um comunicado oficial a respeito das novas acusações de racismo que estariam sendo praticadas dentro de sua fábrica, alegando que “se opõe às formas de discriminação e assédio” e que “oferece um local de trabalho seguro, respeitoso e inclusivo”. O histórico, no entanto, joga contra a montadora.

Em 2018, ao menos seis ex-funcionários afirmaram que o ambiente de trabalho na empresa de carros de luxo seguia nada amigável com os trabalhadores que não fossem brancos. A empresa estava respondendo a três processos por discriminação racial na época.

Mais recentemente, em 2021, outro caso. Owen Díaz, ex-funcionário da Tesla, afirmou ter sofrido, junto de outros colegas negros, com apelidos discriminatórios, ordens de “voltar para a África” e até pichações ofensivas ao seu tom de pele nos banheiros e em desenhos espalhados em sua estação de trabalho.

As acusações foram consideradas procedentes por um juiz do Tribunal Federal de São Francisco, que ordenou o pagamento de US$ 136,9 milhões (R$ 710 milhões, na conversão atual) como indenização, sendo US$ 130 milhões por danos punitivos e outros US$ 6,9 milhões por danos emocionais.

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Fonte: CNN, Tesla

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