Tesla é processada por acidente fatal envolvendo o Autopilot
Por Paulo Amaral • Editado por Jones Oliveira |

O sistema Autopilot, piloto automático da Tesla, é o campeão de reclamações na NHTSA, órgão fiscalizador de trânsito nos Estados Unidos. A marca registra incontáveis falhas no sistema que, recentemente, causou um grave acidente ao confundir uma estrada de rodagem comum com um trilho de trem.
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Agora, a mais nova confusão envolvendo o piloto automático vai levar a marca do bilionário Elon Musk ao banco dos réus. A fabricante de carros elétricos está sendo processada pelos familiares de Landon Embry, motociclista que morreu aos 34 anos, supostamente em um acidente causado pelo Autopilot de um Tesla Model 3.
O caso aconteceu em 2022, em Utah, nos Estados Unidos. De acordo com as autoridades locais, o carro atingiu a traseira da moto de Landon Embry a uma velocidade entre 120 e 130 km/h; com o impacto, atirou a Harley Davidson de Embry para fora da estrada.
Os pais do motociclista morto no acidente acusam o motorista de não ter prestado atenção no trânsito, embora o Autopilot estivesse ligado. O processo diz que o condutor (não identificado pela mídia) não foi prudente, mas que o sistema autônomo da Tesla falhou ao não notar a presença da motocicleta.
Autopilot da Tesla é “defeituoso e inadequado”
Os pais de Landon Embry alegaram que os sistemas de direção autônoma do Autopilot da Tesla já se mostraram “defeituosos e inadequados” em outras situações, e não apenas no acidente que vitimou seu filho em 2022.
Os advogados de acusação juntaram ao processo informações sobre outros acidentes envolvendo o Full Self-Driving (FSD), inclusive o que matou outro motociclista, em Seatle, em abril deste ano. A montadora, porém, não se pronunciou sobre o caso até o momento.